Traduções

  • - Valor do nascimento humano  -

    Tradução da palestra dada por Luang Pó Liem durante sua recente visita ao nosso mosteiro. https://youtu.be/1JfOZ9zIbTo

  • man sitting on cliff - Reclusão mental  -

    Durante sua visita ao Brasil, Ajahn Jandee fala sobre reclusão do corpo e da mente. https://youtu.be/7Nv0TmEWmdI    

  • - Ensinamentos de Páginas Amarelas  -

    Há alguns anos, Ajahn Jayasāro vem regularmente publicando curtos ensinamentos escritos à mão, através de mídia eletrônica. Parte desses ensinamentos estão traduzidos para o português, e podem ser encontrados no blog: https://jayasaroyellowpages.blogspot.com/ e nas coletâneas disponíveis nestes links: Yellow Pages Teachings 2020 – 2021 Yellow Pages Teachings 2022 Yellow Pages Teachings 2023

  • - A história de Angulimala  -

    Vídeo com legendas em português, contando as tradições acerca de Angulimala, uma pessoa bem intencionada que, por falta de sabedoria, acaba se tornando um assassino. Após encontrar o Buddha, ele consegue retomar o caminho do bem e alcançar a iluminação.

  • - A história de Anathapindika  -

    Vídeos com legendas em português, contando as tradições acerca de Anathapindika, um dos mais famosos discípulos leigos do Buddha.

  • - Conversas com praticantes brasileiros  -

    Duas gravações de sessões de perguntas e respostas de Ajahn Anan com praticantes brasileiros. https://www.youtube.com/watch?v=2lQvF7lI-Cc&t=997s https://www.youtube.com/watch?v=cKwTqxSQSxc

  • - Impermanência é a expressão da Verdade  -

    Ajahn Chah fala sobre a compreensão correta do envelhecimento. Notas: pānā… adinnā… kāme…: os cinco preceitosVou resguardar sīla.: uma expressão tailandesa. Em geral significa que a pessoa vai observar a prática dos cinco preceitos, ou vai passar o dia no mosteiro, praticando Dhamma. Baixe a transcrição do texto: Versão Epub / Versão PDF / Versão Kindle

  • - História de Sāriputta e Moggallāna  -

    Mais algumas animações feitas pelo Wat SanFran, nos Estados Unidos. Dessa vez contando sobre a vida e morte dos dois principais discípulos do Buddha: Sāritputta e Moggallāna.

  • - Nibbāna ecoa na mente de todos  -

    Ajahn Mahā Bua fala sobre a atitude de um praticante de Dhamma na busca da iluminação. Baixe a transcrição do texto: Versão Epub / Versão PDF / Versão Kindle

  • - Ensinamentos de Ajahn Kalyano  -

    Abaixo, links para ensinamentos traduzidos de Ajahn Kalyano, abade de Buddha Bodhivana Buddhist Monastery, em Melbourne, Austrália. https://suddhavari.org/2020/06/meditacao-andando/ https://suddhavari.org/2020/07/inofensividade/ https://suddhavari.org/2020/07/reverencia/

  • - Felicidade e sofrimento são incertos  -

    Ajahn Chah fala sobre a atitude correta para quem pratica o Dhamma e sobre a maneira correta de lidar com as experiências da prática. Notas: Brâmane de unhas grandes: personagem de um dos suttas que argumenta ao Buddha que o modo correto de praticar é apenas fazer o que lhe der vontade.Estava em dúvida e ainda assim fez: há uma regra para os monges que os proíbe de se alimentarem após o meio-dia. Nesse caso, se o monge está ciente que já passou do meio-dia e comer, é uma infração à regra. Se não está ciente, ainda é uma infração à regra. Se está em dúvida mas ainda assim come, também é uma infração independente de ser ou não mais que meio-dia, uma vez que o monge agiu de maneira descuidada.Sīlanidesa, samādhinidesa, paññānidesa: são capítulos do Visuddhimagga, um livro muito respeitado dentro do budismo Theravada.Hipnotizo a mente: há um trocadilho de palavras aqui. A palavra hipnotizar (sakot chit) também pode ser interpretada como “oprimir”, “restringir” a mente. A pessoa pergunta sobre hipnotizar, mas Ajahn Chah responde sobre “suprimir” a mente.Kāmasukhallikānuyogo, Attakilamathānuyogo: o caminho da indulgência nos prazeres sensuais, e o caminho da mortificação do corpo. Já o caminho que o Buddha explica, evita esses dois extremos.Luang Ta: ver glossário.Não conhecem o que é realmente auspicioso: na Tailândia há muitas superstições envolvendo sonhos. Ter um sonho auspicioso é considerado sinal de que coisas boas irão acontecer. Baixe a transcrição do texto: Versão Epub / Versão PDF / Versão Kindle

  • - Lista completa de Jātakas traduzidas  -

    Aqui estão todos os 35 vídeos produzidos por Wat San Fran, com legendas traduzidas por Rafael Guimarães. Os vídeos ilustram Jātakas, que são histórias educativas que têm como tema vidas passadas do Buddha e seus discípulos. Para ver a lista completa, clique na parte superior direita do vídeo.

  • - Jātakas animadas e traduzidas para o português. Volume III  -

    Continuando a divulgação com o terceiro volume de histórias do Jātakas (sobre as vidas passadas do Buddha e seus discípulos):

  • - Conversa com Luang Pó Pasanno  -

    Bate papo entre Ajahn Pasanno e praticantes brasileiros.

  • - Jātakas animadas e traduzidas para o português. Volume II  -

    Continuando a divulgação das histórias do Jātakas (sobre as vidas passadas do Buddha e seus discípulos) com mais quatro vídeos:

  • - Autobiografia de um Monge da Floresta  -

      Está disponível a autobiografia de Ajahn Thet, um dos mais respeitados discípulos de Ajahn Man. Download versão ePub / Download versão PDF / Download versão Kindle

  • - Jātakas animadas e traduzidas para o português  -

    Graças ao esforço do Rafael Guimarães, um conjunto de animações produzidas pelo Wat San Fran (um templo tailandês em San Francisco) está sendo traduzido para o português. Conforme novas traduções forem publicadas, divulgaremos aqui. Esses vídeos ilustram as Jātakas, contos didáticos baseados em vidas passadas do Buddha e seus discípulos.

  • - Encontro com Ajahn Jayasaro  -

    Bate papo entre Ajahn Jayasaro e praticantes brasileiros https://www.youtube.com/watch?v=VZre7u6JUOA

  • Buddha statue near trees - Sessão de perguntas e respostas com Ajahn Suchát e praticantes brasileiros  -

    https://www.facebook.com/AjahnSuchartAbhijato/videos/851487738666780/ Primeira parte https://www.facebook.com/AjahnSuchartAbhijato/videos/701248587326473/?v=701248587326473 Segunda parte

  • - Biografia de Ajahn Tongrat  -

    Está disponível para download a biografia de Ajahn Tongrat Kantasīlo, um dos professores de Ajahn Chah. Abaixo, um trecho da introdução do livro: … se havia alguma característica que mais definisse o grupo de monges kammatthāna, discípulos de Ajahn Man, seria um comportamento impecável e digno de elogios. Muitos são os que relatam que a primeira coisa que lhes chamou a atenção ao entrar em contato com tais monges foi o comportamento sereno, composto, atento e harmonioso de cada um. Mas haviam exceções. Ajahn Tongrat era uma tal exceção e é importante que os leitores tenham isto em mente quando lendo este livro. Como Ajahn Chah explica a certa altura do texto, ele não era um exemplo a ser imitado. Aqueles que tentarem imitá-lo apenas vão prejudicar a si mesmos e às pessoas ao redor. Mas, ainda assim, Ajahn Tongrat é uma fonte valiosíssima de sabedoria caso sejamos capazes de enxergar o Dhamma por trás de suas ações e principalmente um ótimo lembrete para que não “julguemos um livro pela capa”. Também é bastante inspirador ver a profundidade de Ajahn Man e Ajahn Sao, que apesar de tão rigorosos com o modo de prática, tinham a sabedoria necessária para fazer exceções quando encontravam um praticante cujo talento não se encaixava no molde comum das demais pessoas, dando a oportunidade para todos praticarem e alcançarem o máximo da realização humana. Tudo reforça ainda mais a certeza de que estes eram verdadeiros mestres, dignos de reverência, dignos de oferendas, um verdadeiro campo de mérito para aqueles que buscam o cultivo do que há de mais excelente em todo o universo – Nibbāna. Download versão ePub / Download versão PDF / Download versão Kindle

  • - Prática que leva à cessação  -

    Ajahn Chah fala sobre a prática que leva à cessação em comparação à prática que apenas dá continuidade ao ciclo do samsāra. Notas: Largar: em tailandês, “plói wáng”, literalmente significa largar, soltar. Nesse caso refere-se a não se apegar, não agarrar os fenômenos mentais, ter uma mente flexível.Motivos e razões: em tailandês “hetu-pon”, é uma expressão composta que significa “razão, motivo”, mas os componentes significam literalmente “causa” e “efeito”, dando assim um significado a mais à expressão. Mais à frente Ajahn Chah utiliza essa expressão para fazer um trocadilho de palavras para expressar que a prática do Dhamma deve ir além da forma mundana de pensar e agir.Pisou no livro: na Tailândia é considerado extremamente desrespeitoso tocar algo com os pés, principalmente se for um objeto religioso.Cessar: em tailandês, “ragnap”, é uma palavra que passa a ideia de algo que se pacificou, só que no sentido de cessação, como uma doença que se abateu e não mais se manifesta, ou uma briga que se encerrou. Não é exatamente “cessar” e nem “pacificar”, é uma mistura desses dois conceitos.Incerto: em tailandês, “mai né”, é uma expressão que Ajahn Chah usava com frequência. Literalmente significa “não-certo”, mas também passa muito forte a ideia de algo não garantido, com o qual não podemos contar. Como não há uma expressão em português que possua ambos os significados, decidi traduzir apenas como “incerto”, mas se não tivermos em mente o significado de “não-garantido / não-confiável”, o uso da expressão no texto não fica muito claro. Baixe a transcrição do texto: Versão Epub / Versão PDF / Versão Kindle

  • - As cinco faces de Māra  -

    Ajahn Thate fala sobre as Cinco Māras e a importância de retornar a mente a seu estado verdadeiro. Notas * Na cultura tailandesa a palavra “māra” significa demônio, espírito maligno etc. Já no Tipitaka, a palavra Māra é utilizada de várias formas: tanto para se referir a um certo ser mal-intencionado que tenta impedir que o Buddha e seus discípulos alcancem a iluminação, tanto como para se referir à morte, como para se referir a impedimentos à iluminação mencionados por Ajahn Thate na palestra. Baixe a transcrição do texto: Versão Epub / Versão PDF / Versão Kindle

  • - Ensinamento no dia do Songkran  -

    Ajahn Chah dá um significado especial ao feriado tailandês do Songkran. Notas Esse feriado: o Songkran é celebrado em maio. Como o carnaval brasileiro, são três ou quatro dias de feriado em que as pessoas dançam e brincam pelas ruas, jogando água perfumada uns nos outros. Sabba-pāpassa akaranam: trecho do Ovāda Pātimokkha (Dhammapada 183-185) Cerimônias de mérito: não é certeza, mas talvez se refira ao hábito de chamar celebrações de aniversário e outras datas de “ngan bun”. Na verdade nessas celebrações ninguém faz mérito algum, apenas se embriagam e festejam a noite inteira. Outra possibilidade é que se refira às cerimônias de mérito de verdade, onde as pessoas vão a um mosteiro fazer doações e dedicar méritos para parentes já falecidos, ou com a esperança que o mérito realizado vá trazer boa sorte e sucesso em suas vidas pessoais. Modo que o Buddha ensinou para sermos ricos: essa tradução requer um pouco de explicação. Na Tailândia muitos têm crença em mantras que, quando recitados com frequência, trazem boa sorte, proteção, namorados, riqueza, etc. São chamadas de “katás”. Muitos vão aos monges buscando aprender alguma katá que lhes tragam o que desejam, e uma das mais requisitadas é a katá-setí (katá do milionário). Como dá para imaginar, é um mantra para tornar-se milionário. Então, Ajahn Chah está dizendo que a verdadeira katá-setí é trabalho honesto e hábil, é desse jeito que o Buddha ensina as pessoas a enriquecerem. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Momento presente  -

    Ajahn Chandapalo fala sobre como, se formos capazes de estar no momento presente, seremos capazes de lidar com quaisquer dificuldades que se apresentem perante nós. Ajahn Chandapalo estará no Brasil em 2019 para o retiro de carnaval da Sociedade Budista do Brasil. Mais informações podem ser encontradas aqui: https://www.sociedadebudistadobrasil.org/2018/09/27/retiro-de-carnaval-2019-com-ajahn-chandapalo/ Para baixar a transcrição desse ensinamento, clique aqui: https://www.sociedadebudistadobrasil.org/wp-content/Chandapalo.pdf

  • - Ajahn Mahā Bua fala sobre Mé Chi Kéu  -

    A biografia de Mé Chi Kéu já ficou pronta e estará disponível para download nos próximos dias. Para aqueles que não conseguem esperar, aqui tem um vídeo de Ajahn Mahā Bua contanto sobre o encontro que teve com ela e sobre como fez para ajudá-la a desencalhar em sua prática e enfim alcançar o verdadeiro Dhamma (para entender melhor a história, fique de olho no site e espere a publicação da biografia completa). Nota: O Ven. Lee mencionado em certa altura da gravação não é o Ajahn Lee Dhammadharo que é bastante conhecido no ocidente, mas sim um outro Ajahn Lee que era discípulo de Ajahn Mahā Bua e que também ficou muito conhecido e respeitado na Tailândia por ter atingido uma alta realização espiritual. Já no ocidente, poucos o conhecem. O que Ajahn Mahā Bua está contando se refere ao fato de que ele mesmo não queria ter discípulos e preferia morar sozinho na floresta, mas uma vez que Ajahn Man havia deixado instrução clara a seus discípulos pouco antes de sua morte, dizendo que quando morresse, todos os discípulos deveriam tomar Ajahn Mahā Bua como mestre. Então, onde quer que Ajahn Mahā Bua fosse, os demais monges vinham atrás. Ele às vezes tentava fugir, saindo escondido durante a noite, mas passado alguns dias os discípulos o encontravam novamente. Ajahn Lee era um entre esse grupo de discípulos. No final ele acabou aceitando o papel de professor.  

  • - Nosso Verdadeiro Trabalho  -

    Ajahn Suchát ensina a desenvolver os dez pāramīs numa ordem diferente da normalmente encontrada nos textos. Notas: Neste monastério: o monastério de Luang Pó Suchát é bem afastado da cidade grande. Coisas sagradas: na Tailândia, a expressão “fazer um adhitthāna” é popularmente utilizada para algo um pouco semelhante a “fazer uma promessa” (no sentido religioso) no Brasil. Mahājanaka: uma vida passada do Buddha. Cinco ascetas: o grupo de cinco ascetas que acompanhava o Buddha durante sua luta para alcançar a iluminação e que mais tarde se tornaram seus primeiros discípulos. Mohā: ilusão mental; avijja: ignorância (da realidade). Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Doença do Corpo, Remédio do Dhamma  -

    Ajahn Jandee fala sobre o relacionamento entre saúde do corpo e saúde mental. Notas: Chiwachit: nome do tratamento citado, cujo significado é “vida-mente” (ชีวา-จิต). Quatro Requisitos: o Buddha definia o padrão mínimo necessário para sustentar a vida de um monge como alimentar-se de comida dada como esmola, abrigar-se ao pé de uma árvore, vestir-se com manto feito de retalhos e utilizar urina fermentada como medicamento. Luang Pó havia removido todos os dentes: veja mais detalhes sobre essa história neste link. Doutor Jivaka: o médico do Buddha. Leia mais detalhes neste link (em inglês). Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Luang Pó Sumedho em São Paulo  -

    Luang Pó Sumedho na Livraria Cultura em São Paulo, cortesia da Casa de Dharma.

  • - A guerra entre a mente e as kilesas  -

    Ajahn Mahā Bua fala sobre a luta para libertar-se do samsāra. Notas: Sabe sattā: trecho do cântico de Metta recitado durante a pūja. Três Características: impermanência, sofrimento e “não-eu”. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A amizade entre um Bodhisatta e um Arahant  -

    Este texto relata a história da amizade entre Ajahn Man e Kruba Si Vichai; um seguindo o caminho para alcançar a iluminação no modo de um arahant, e o outro seguindo o caminho para iluminar-se no modo de um Buddha. O texto original deste relato pode ser encontrado neste link https://sites.google.com/site/wideanglewilderness/quotestories/spiritualfriendship.  Tan Chao Khun Upālī Gunūpamājahn e Luang Pu Man Bhūridatto tinham sido amigos muito tempo, ajudando um ao outro ao longo de sucessivos estágios do Nobre Caminho. Chao Khun Upālī, 14 anos mais velho, tinha sido o primeiro professor de Luang Pu Man – É dito que Luang Pu Man alcançou o segundo caminho e fruto, o de sakadāgāmī, enquanto estava andando nas ruas de Bangkok (em frente à escola de Wat Pathumwan, que agora fica à sombra da grande meca do materialismo em Bangkok: Siam Square!) enquanto retornava de uma palestra do Dhamma ensinado por Chao Khun Upālī em Wat Boromniwat. Logo após isso, Luang Pu Man fez grande progresso com seu próprio esforço, atingindo o estado de anāgāmī, ou daquele que retorna uma vez, na caverna Sārika em Nakhorn Nayok, e retornou para Bangkok para ajudar Chao Khun Upālī. Luang Pu Man então retornou para o nordeste da Tailândia e começou a atrair muitos discípulos. Durante esta primeira fase de sua carreira como professor, que durou cerca de 13 anos, ele desenvolveu tanta fama que isto começou a se tornar um obstáculo em sua prática. Durante este tempo, Chao Khun Upālī tinha conseguido terminar sua prática em Doi Tung, em Shan, estado de Burma (atual Myanmar). Quando Luang Pu Man decidiu abandonar temporariamente seu papel de professor, ele deixou seus discípulos sob tutela de Luang Pu Singh Khantayāgamo, e voltou para Bangkok para receber mais instruções de Chao Khun Upālī.  Naquela época, um homem extraordinário chamado Kéu Nawarat havia se tornado o governante e administrador da província de Chiang Mai, ao norte do país. Objetivando  revigorar o ilustre histórico budista de Chiang Mai, ele tinha convidado os maiores monges da região para vir e restaurar os templos mais venerados na cidade. Ele convidou um monge do norte, o altamente respeitado e popular Kruba Si Vichai Sirivijayo, para residir e reconstruir Wat Phra Sing. Ele também convidou Tan Chao Khun Upālī para vir e ajudar a trazer Wat Chedi Luang de volta à sua antiga glória. Nas muitas discussões que tinham em Bangkok durante o vassa daquele ano, Chao Khun Upālī elogiou as áreas do norte para Luang Pu Man – com suas florestas e montanhas, que haviam sido um ambiente muito adequado para que ele terminasse sua própria prática. Por que Luang Pu Man não vinha à Chiang Mai com ele? Ele poderia permanecer em Wat Chedi Luang por um tempo, e, em seguida, ser livre para passear pelas grandes florestas selvagens do norte.  Luang Pu Man concordou e no final de 1927 três dos maiores monges da história moderna fixaram residência a poucos quarteirões na cidade de Chiang Mai.  Uma vez em Chiang Mai, Chao Khun Upālī e Luang Pu Man começaram a ouvir relatos interessantes a respeito de Kruba Si Vichai, que vivia na mesma rua que eles. Por duas vezes, Chao Khun Upālī pensou em ir visitar Kruba Si Vichai – ressalta-se que ele ainda não havia relatado esta intenção a ninguém – e em ambas as vezes Kruba Si Vichai apareceu em sua porta para prestar respeito e reverência, explicando que Chao Khun Upālī era um grande monge tão respeitado e sênior que ele não poderia deixar que ele o fosse visitar. Assim, Kruba Si Vichai se apressou em ir a Chao Khun Upālī antes que este fosse lhe visitar. Luang Pu Man também começou a se interessar por Kruba Si Vichai e, após investigar, anunciou publicamente a seus discípulos que Kruba Si Vichai era um Bodhisatta. Ele era um verdadeiro Bodhisatta e já havia desenvolvido a perfeição da resiliência (khanti pāramī), a tal ponto que as pessoas deveriam tomá-lo como modelo. Uma amizade começou entre Kruba Si Vichai e Luang Pu Man e várias pessoas tomaram conhecimento disto. Mas logo Luang Pu Man se despediu de Chao Khun Upālī e começou sua busca pela plena realização de arahant com afinco.  Depois que alguns anos se passaram, Kruba Si Vichai tinha se mudado para poucos quarteirões a leste para começar a restaurar Wat Suan Dok e Chao Khun Upālī estava se preparando para voltar a Bangkok. Grande parte da restauração já tinha sido feita, mas ele queria que seu trabalho na divulgação do verdadeiro Dhamma continuasse. Ele queria que Luang Pu Man assumisse como abade de Wat Chedi Luang. Luang Pu Man veio para a cidade para prestar reverência a Chao Khun Upālī, e por respeito, concordou em se tornar o abade. Chao Khun Upālī desceria a Bangkok para obter um título eclesiástico para Luang Pu Man de “Phra Khru Vinayadhorn”, e o indicaria como upajjhāya. Por sua vez, Luang Pu Man também tinha um pedido a fazer: “Tahn Chao Khun, algo vai acontecer com Kruba Si Vichai dentro de cinco anos. Você e eu conhecemos a natureza do coração de Kruba Si Vichai e sabemos que ele é irrepreensível e puro. Algumas pessoas poderosas tentarão destruí-lo. Eu gostaria que você, quando fosse para Bangkok, falasse com os monges anciões e de alto escalão sobre isso para que eles saibam. O que vai acontecer é o seguinte…” Chao Khun Upālī foi para Bangkok. Pouco tempo depois, enquanto ensinava em Lop Buri, ele tropeçou e quebrou a perna. Descobriu-se que sua perna tinha se quebrado tão facilmente por ele sofrer de câncer ósseo em estágio final. Sua perna nunca se curou totalmente e ele faleceu cerca de oito meses depois. Enquanto isso, Luang Pu Man continuou suas andanças e voltou a assumir suas funções como abade de Wat Chedi Luang, pouco antes do começo do vassa. Ao final da estação chuvosa, ele estava convencido de que seu tempo teria sido melhor empregado em outro lugar. Talvez ele também achasse que, com a morte de Chao Khun Upālī, já não estava mais […]

  • - Por que estamos aqui?  -

    Com seu bom humor típico, Ajahn Chah fala sobre o medo da morte e sobre o processo de envelhecimento. Nesta gravação, Ajahn Chah conta sobre a ocasião em que ele mandou arrancar todos os dentes da boca e como o dentista havia se recusado a realizar o procedimento. O que ele não contou aqui é que a ordem que ele deu era para arrancar todos os dentes sem anestesia (não é à toa que o dentista ficou com medo). É dito que antes desse encontro o dentista sequer era budista, mas após ver Ajahn Chah arrancar todos os dentes sem anestesia, virou discípulo dele. Muitos especulam se esse episódio não foi a causa para os problemas neurológicos que ele sofreu ao fim da vida e que acabaram por deixá-lo completamente paralisado. Mais tarde ele contou aos discípulos que não havia sentido dor pois estava em samādhi, mas que ainda assim estava ciente o tempo todo e pode observar que durante o procedimento ele chegou muito perto de morrer. Imagino que isso se deva ao fato de que apesar do ajahn estar em samādhi, o sistema nervoso continuava presente e atuante e, por azar, justamente os dentes estão diretamente conectados a vários terminais nervosos (por isso mesmo sempre foram um dos alvos preferidos de torturadores por toda a história da humanidade). Talvez o choque no sistema nervoso tenha sido forte demais, e graças a seu mérito ele não morreu na hora como aconteceria com uma pessoa normal, mas ainda assim sofreu as sequelas que vieram mais tarde. Existe uma tradução anterior em língua inglesa deste ensinamento sob o título “Why are we here?” Notas: Está pendurado: O esqueleto foi recomposto com arame e pendurado na parede para que as pessoas pudessem usar para contemplação. Króp krua: A palavra “família” em tailandês é o composto “króp krua” (ครอบครัว). “ครอบ” significa “cobrir, envolver”, e “ครัว” significa “cozinha”, e o composto “ครอบครัว” significa “família”. Suco de sofrimento: As lágrimas. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Como um budista lida com dinheiro  -

    Ajahn Suchát fala sobre como se relacionar com dinheiro sem ser vítima da ganância e fala sobre a prática do uposatha sīla (os oito preceitos morais). Aviso: Ajahn Suchát não costuma “açucarar” seus ensinamentos; o que para muitos é uma qualidade, para outros pode ser um defeito. Quando ele fala sobre a prática dos oito preceitos, ele sugere um nível de prática bastante austero e portanto cabe às pessoas saberem avaliar se para si é ou não apropriado seguir uma prática neste estilo. Certas sugestões que ele faz, como misturar toda a comida antes de comer, são boas mas não fazem de fato parte do oito preceitos, e portanto, não são obrigatórias. Notas: Kāma tanhā, bhava tanhā, vibahava tanhā: desejo por sensações, desejo por existência, desejo por inexistência. De acordo com o Buddha, todos os desejos que existem se encaixam dentro de uma destas três categorias. Supatipanno, ujupatipanno…: qualidades daqueles que realizaram o Dhamma. Para mais detalhes, veja http://www.acessoaoinsight.net/caminho_liberdade/sangha.php Fazer doações para ficar rico: uma crença muito comum na Tailândia é de que fazer doações, principalmente à Sangha, trará como resultado sucesso nos negócios Para o corpo ser saudável: outra crença comum na Tailândia é de que fazendo doações você ficará protegido contra doenças. Cinco e oito preceitos: ver glossário. Oitavo preceito: não dormir em camas grandes e luxuosas. Três características: tudo que é condicionado é impermanente (anicca), tudo que é condicionado é insatisfatório (dukkha), nada possui “eu” inerente (anatta). Vida santa: neste caso, a vida dedicada à realização do Dhamma. Moha, Avijjā: ambas palavras significam mais ou menos a mesma coisa, ou seja, a ignorância da verdade, o mal entendimento que nos faz permanecer presos no samsāra. Fazer mérito para ele: na Tailândia há o costume de fazer boas ações e oferecer os méritos de tais ações para aqueles que já faleceram, como uma forma de ajudá-los a ter um bom renascimento. Asuras: uma espécie de ser celestial mas que possui a mente obcecada pela raiva. Semelhante aos Titãs da mitologia grega. Motivo de cada um: na verdade essa é uma versão muito simplificada do assunto, me parece, dada apenas para fins didáticos. Receber os preceitos: nos países budistas as pessoas costumam realizar cerimônias onde elas pedem que os monges lhes deem os preceitos. O propósito dessa cerimônia é semelhante a estar prometendo perante os monges seguir os tais preceitos, como se os monges servissem de testemunhas àquela determinação. Infelizmente a maioria das pessoas faz apenas por cerimônia, sem real intenção de seguir os preceitos. Costumo contar: algumas pessoas usam a técnica de contagem para auxiliar a focar a mente, ou seja, a cada inspiração elas contam um, dois, três, quatro, etc. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A Contemplação do Corpo  -

    Ajahn Tan fala sobre a importância da prática de kāyagatā-sati. Notas: Pavāranā: cerimônia realizada ao fim do vassa onde os monges convidam uns aos outros a apontar qualquer falta ou mau comportamento que tenham cometido durante os três meses do vassa. Quatro requisitos: quatro classes de suportes materiais mínimas para sustentar a vida de um monge: roupa, comida, moradia e medicamentos. 32 partes do corpo: tradicionalmente a prática de kāyagatā-sati é feita utilizando um grupo de 32 partes do corpo citadas nas escrituras: kesā (cabelos), lomā (pelos), nakhā (unhas), dantā (dentes), taco (pele), mamsam (carne), nhārū (tendões), athi (ossos), atthimiñjam (tutano), vakkam (baço), hadayam (coração), yakanam (fígado), kilomakam (pleura), pihakam (rins), papphāsam (pulmões), antam (intestino grosso), antagunam (intestino delgado), udariyam (conteúdo do estômago), karisam (fezes), pittam (bile), semham (fleuma), pubbo (linfo), lohitam (sangue), sedo (suor), medo (gordura sólida), assu (lágrimas), vasā (gordura líquida), khelo (saliva), singhānikā (muco), lasikā (óleo nas juntas), muttam (urina), matthake matthalungam (cérebro). Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Praticar sem “para”  -

    Luang Pó Jandee fala sobre como é um verdadeiro Sotāpanna e faz um elogio ao Zen. Notas: É raro alguém perguntar sobre sotāpanna: isso foi dito em tom de ironia. Na verdade, o que ocorre é que qualquer mestre que ganha reputação como praticante do Dhamma tem que lidar com um fluxo constante de pessoas que vão procurá-lo para “avisar” que já são sotāpanna. É um engano muito comum, em geral as pessoas superavaliam suas experiências ou simplesmente leem muito os textos até acharem que não têm mais dúvidas, e portanto, estão “iluminadas”. Em 99% dos casos, o mestre tenta ajudar a pessoa a abandonar essa ilusão mas não consegue, a pessoa se recusa a ouvir pois, afinal de contas, ela já é iluminada. Sakkāya-ditthi, vicikicchā, sīlabbata-parāmāsa: ver glossário. Cuia: a palavra em tailandês para “cuia” soa similar a “khandha”. Minha conduta seria criticada pelos sábios?: uma das 10 reflexões ensinadas pelo Buddha aos monges (ver Dasa Dhamma Sutta) Melhor que ser cachorro, não?: chamar alguém de cachorro é a forma mais grave de ofensa na Tailândia. Quebra da regra monástica: os monges não devem praticar como forma de exibição, para que as pessoas os admirem. Se perdem no caminho: há um trocadilho aqui, significa que o praticante se obceca pelo caminho e negligencia o destino. Vestir branco: em certas ocasiões, leigos vestem roupas brancas para demonstrar que estão observando os oito preceitos. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Guerreiro ou fujão?  -

    Com seu estilo forte e apimentado, Luang Pó Bén convoca os monges ao campo de batalha.  Notas: Guerreiro / fujão: trocadilho entre as palavras “nak rôp” (นักรบ) e “nak lôp” (นักหลบ). Cabelos, pelos, unhas, dentes e pele: os cinco objetos iniciais para contemplação do corpo. São onde em geral as pessoas constroem e percepção de beleza no corpo humano. As três características: todo fenômeno condicionado é insatisfatório, todo fenômeno condicionado é impermanente, tudo é desprovido de “eu”. Coisa ultrapassada: na Tailândia, aqueles que gostariam que o país se tornasse uma sociedade nos moldes dos países ocidentais, costumam defender a ideia de que os ensinamentos do Buddha não se aplicam aos tempos modernos. Encharcado de saliva: a pessoa dorme com tanto desleixo que acaba babando no travesseiro. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A Tradição da Floresta  -

    Ajahn Chah responde perguntas feitas por um professor universitário em Londres. Notas: Vestir branco: tornar-se um anagārika. Peregrinação: essa peregrinação (tudong) não necessariamente visa ir a um local sagrado. Em geral os monges vão em busca de lugares pacíficos. Outros preferem buscar locais perigosos na natureza, pois veem que a prática deles progride mais facilmente quando enfrentando dificuldades. Cemitérios: não eram cemitérios como os ocidentais, antigamente na Tailândia o que haviam eram pedaços de floresta onde os mortos eram levados e cremados. As pessoas simplesmente acendiam a fogueira e iam embora deixando os restos da cremação por lá mesmo, o lugar era provavelmente cheio de osso e restos decompostos de cadáveres. Hoje em dia isso não é mais feito, os corpos são cremados em fornos especiais e não sobra muito a não ser cinzas. Atta: Ajahn Chah está fazendo uma oposição entre as palavras “anatta” (a ausência de “eu”) e “atta” (a presença de “eu”). O “eu” jamais verá anatta, pois ela é justamente a ausência desse “eu”. Por isso não é possível entender apenas ouvindo explicações, uma vez que é justamente o tal “eu” quem está ouvindo e tentando entender. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub  / Versão Kindle

  • - A Víbora Dentro de Nós  -

    Upasika Kee Nanayon alerta às discípulas sobre os perigos do ego. Mais ensinamentos e uma biografia curta dela podem ser encontrados nesse link (tradução de máquina, portanto a qualidade não é muito boa). Notas: Monastério: a comunidade de Khao Suan Luang não era oficialmente monástica, mas o estilo de vida que elas levavam era muito mais monástico que o de grande parte das pessoas que se dizem monges/monjas, assim Upasika Kee Nanayon se referia ao local pela palavra “วัด”, que significa templo ou monastério. Bhāvitā bahulikatā: trecho da Bojjhanga Paritta. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - O Caminho do Dhamma  -

    Ajahn Anan fala sobre o longo caminho da mente dentro do samsāra. Notas: Cinco obstáculos: refere-se aos cinco obstáculos à concentração mental (nīvaranas). Sangha, provida de sīla e Dhamma: de acordo como as escrituras, uma doação feita a monges que professam o Dhamma e respeitam o Vinaya traz mais méritos do que uma doação feita a monges que não ensinam o Dhamma de forma correta e não observam a regra monástica. 1.005 kilesas, 108 desejos: é uma expressão tailandesa, significa uma pessoa ruim, cheia de maldade ou ganância. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Tome posse da sua mente  -

    Ajahn Suchát fala sobre renúncia e a relação com o desenvolvimento mental. O tradutor está bastante ciente de que o que Ajahn Suchát fala nessa gravação não é o que a maioria das pessoas quer ouvir e não é o que diz a maioria dos professores ocidentais de budismo, mas foi justamente por isso que decidi traduzir e publicar aqui, uma vez que era esse o real propósito que tinha em mente quando decidi criar este site: dar às pessoas a oportunidade de ouvir algo além do budismo de vitrine, ouvir diretamente o relato de quem de fato fez, não só daqueles que pensam a respeito. É verdade que é possível praticar só estando no momento presente sem ter que abrir mão de nada, mas também é verdade que muitas vezes as pessoas falam preocupados apenas em dizer o que o público quer ouvir. Antes de concordar ou discordar compare o que Ajahn Suchát está dizendo com as palavras do Buddha e também com a história de vida de mestres do passado, quer seja no Theravada ou mesmo no Mahayana. Também vale notar que em diversas passagens do Tipitaka o pensamento que leva pessoas à renúncia é o seguinte: “Como eu entendo o Dhamma ensinado pelo Abençoado, não é fácil viver em família e praticar a vida santa completamente perfeita, totalmente pura, como uma concha polida. E se eu raspasse o meu cabelo e barba, vestisse os mantos de cor ocre e seguisse a vida santa?” (Ratthapala Sutta). Mais sugestões para leitura: Sukhamala Sutta, Hatthaka Sutta, Os Costumes dos Nobres Notas: Nāma (pāli): refere ao aspecto mental, em oposição ao aspecto físico (rūpa). Obstáculos: refere-se aos cinco obstáculos à concentração mental (nīvaranas). Cânticos: recitar textos em pāli (pūja). Fomos educados a seguir as regras: talvez isso seja verdade para a geração de Ajahn Suchát, já as gerações mais novas de tailandeses foram e estão sendo educadas dentro de uma imitação muito distorcida e deformada da cultura ocidental, todo o tesouro cultural tailandês foi jogado no lixo em prol da modernização. Venerável Pothila: essa história pode ser encontrada no comentário do verso 282 do Dhammapada. Estudou as escrituras inteiras: o termo “escritura” não é o melhor aqui, uma vez que naquela época o texto ainda não havia sido posto em papel, na verdade ele era memorizado pelos monges. Preceitos: refere-se aos cinco preceitos (panca sīla). Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Para Quem Conhece o Dhamma Não Há Brigas  -

    Ajahn Chah fala sobre a atitude correta para um praticante do Dhamma. Notas: Morrem: uma gíria entre os monges, significa que o monge largou a vida monástica. Quem é descuidado está morto: um verso do Dhammapada (http://acessoaoinsight.net/dhp/dhp2.php) Túnel: há um certo tipo de cupim que costuma construir um túnel de barro para servir de passagem pelos locais por onde caminham com frequência. Tigre fêmea é feroz: nesta ocasião ele estava ensinando um grupo de monges, se o grupo fosse de monjas ele certamente estaria alertando sobre os perigos do tigre macho. Incomoda os noviços: por causa da regra monástica os monges não podem fazer tarefas simples como cavar o solo ou cortar plantas, esse tipo de trabalho é em geral delegado aos noviços do monastério. Ter dinheiro: um noviço observa 10 preceitos morais que incluem renúncia à posse de dinheiro. Manto branco: tornar-se um anagāraka. Mankut, nhó, lam-yay, nói-na: todos esses são nomes de frutas tailandesas, não possuem correlatos no Brasil. Sīmā: é uma área designada pela sangha para a realização de cerimônias como a ordenação de novos monges. Os limites dessa área devem ser designados utilizando pontos de referência geográficos como pedras, árvores, um lago, um rio, etc. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Gratidão à Natureza  -

    Luang Pó Liem fala sobre gratidão. Notas: Possuem gratidão: em Agosto se celebra o dia das mães na Tailândia. Espreme seu cabelo: diz a história que na noite em que o Bodhisatta alcançou a iluminação ele invocou a “mãe terra” para dar testemunho dos longos anos que ele passou desenvolvendo os 10 paramīs. Ela então, personificada na forma de uma deusa, espremeu a água de seu longo cabelo, e essa água se tornou uma grande enxurrada que arrastou Māra e seu exército, que tentavam impedi-lo de alcançar a iluminação. Quatro requisitos: os quatro itens básicos para sobrevivência são os alimentos, vestimenta, abrigo e medicamentos. Passear à noite: veja Sigalovada Sutta (http://acessoaoinsight.net/sutta/DN31.php) Besouros: แมงกีนูน é um tipo de besouro que pode ser consumido como alimento. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A Importância de Fazer Oposição  -

    Ajahn Mahā Bua fala sobre a importância de se opor às kilesas. Três mundos: mundos celestiais, inferiores e seres humanos. São cemitérios por inteiro: esse é um ensinamento frequente de Ajahn Mahā Bua. Ele compara o corpo dos animais e seres humanos a cemitérios, pois dentro desses corpos todo tipo de micro-organismos vivem e morrem a cada momento. Inferno avīci: dito ser o pior de todos os infernos. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A luta contra Māra  -

    Ajahn Mai fala sobre o truque que Luang Pó Si utilizou para lhe ajudar a ter coragem para derrotar Māra. Essa é uma longa desanā, o original dura mais de quatro horas mas eu incluí nesse vídeo somente três trechos (o truque de Luang Pó Si, a história do aluno que queria imitar Ajahn Mai e o método que Luang Pu Ón utilizou para “desencalhar” Ajahn Mai) que ilustram um aspecto da vida monástica pouco conhecido pela maioria das pessoas: o relacionamento entre aluno e professor. Na gravação original ele conta muitas outras histórias e fala muito sobre diferentes aspectos do Dhamma, quem sabe numa ocasião futura eu tenha tempo para traduzir… Notas: subiu na cabana: antigamente as cabanas nos monastérios de floresta eram construídas sobre palafitas, cerca de dois metros de altura, para proteger dos animais e também para ficar mais arejada. Nên: abreviação de “samanên” que é a pronúncia tailandesa da palavra em pāli “samanera”. Médico do Dhamma: é óbvio, isso não tem nada a ver com o ensinamento do Buddha, mas como a Tailândia é um país budista, as pessoas do povo usam o vocabulário e as imagens associadas à religião vigente para expressar todas vertentes de espiritualismo e folclore popular. Podemos observar o mesmo no Brasil com relação ao cristianismo. Audição divina, visão divina: mais sobre esse assunto pode ser encontrado no Visuddhimagga, na seção “Abhiññā-Niddesa”. Continua branco como antes?: as pessoas da cidade provavelmente não nunca viram, mas se você colocar uma panela diretamente sobre fogo de lenha, o fundo da panela fica preto e acumula uma camada de fuligem. o sinal para sair em pindapāta: esse sinal servia para avisar aos aldeões que queiram doar comida que os monges estavam vindo. arroz grudento: é uma variedade de arroz que após cozida continua com uma consistência firme e é grudento, as pessoas comem com a mão pegando pequenas porções e mergulhando num molho. Luang Pu Ón: หลวงปู่อ่อน ญาณสิริ levei meu manto junto: em geral dentro do monastério os monges usam apenas um sarong e um pano para cobrir o peito chamado “angsa”. Numa situação mais formal eles vestem o manto completo. ajudar a dar banho: era rotina comum antigamente os monges lavarem o corpo do mestre como um ato de devoção. O mestre se sentava em um local aberto, vestindo um sarong, e os monges lavavam o corpo dele exceto as partes íntimas e a cabeça pois era considerado desrespeitoso tocar a cabeça de alguém. Essas duas partes ele lavava sozinho. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Perguntas de Praticantes Brasileiros  -

    Luang Pó Piak responde perguntas enviadas por praticantes brasileiros. Notas: paz: é comum a palavra “paz” ser utilizada como um eufemismo para samādhi. visão divina: mais sobre esse assunto pode ser encontrado no Visuddhimagga, na seção “Abhiññā-Niddesa”. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Mudando de Comportamento  -

    Ajahn Chah fala sobre as condições para a prática do Dhamma Notas: tem que pedir tutela novamente: se o discípulo se ausenta sob permissão do professor, não é necessário pedir tutela novamente pois esta ainda está vigente. quinto vassa: a regra monástica sugere um período de tutela de 5 anos, mas esse período pode ser estendido caso o professor entenda que o aluno ainda não é maduro o suficiente para cuidar de si mesmo. vergonha e medo: em pāli “hiri” e “ottappa”. não chega a 8 vidas: um sotāppana alcança iluminação em no máximo 7 vidas. puxar pelo nariz: na Tailândia rural é comum o uso de argolas no nariz para domar búfalos. Ven. Mogharaja: http://acessoaoinsight.net/sutta/SnpV.15.php libertação nas convenções: trocadilho entre as palavras “sumut” e “vimut”, pode ser interpretado como “o incondicionado no que é condicionado”. dizer possuir poderes psíquicos, quebrar o celibato: são ofensas da regra monástica. garudā, nāgas, devatas, brahmas: diversas classes de seres celestiais. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - O Ensinamento que Vem do Coração  -

    Ajahn Mahā Bua fala sobre como aqueles que veem e sabem de verdade ensinam. Notas: três mundos: mundos celestiais, mundo humano e mundos inferiores. desertores: trocadilho entre as palavras นักรบ (guerreiro) e นักหลบ (desertor/fujão) bhārā have pañcakkhandhā… : Samyutta Nikaya 22.22 (Bhārasutta) kusalā dhammā: trecho do Abhidhamma que é recitado durante funerais na Tailândia. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Uma só palavra basta  -

    Na Inglaterra, Ajahn Chah ensina como ensinar o Dhamma. Essa gravação já foi traduzida anteriormente sob o título “Even one word is enough”. Notas: Sīla kathā… (etc): os itens que compõe o “ensinamento progressivo” do Buddha (consulte Ānupubbikathā no glossário). Cansado: a palavra เบื่อ em tailandês denota um cansaço mental. Orador: em tailandês, นักเทศน์, um monge hábil em discursar sobre o Dhamma. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Além do Mundo  -

    Ajahn Chah fala sobre a bondade. Notas: além das causas, acima dos efeitos: também pode ser traduzido como ‘além das causas, acima dos resultados’. convenção e libertação: trocadilho entre as palavras ‘sumút’ (สมุด) e ‘vimút’ (วิมุตติ). macumba: é óbvio, isso é uma adaptação, na Tailândia não há cultura africana. pedir os preceitos: é comum na Tailândia as pessoas realizarem cerimônias para pedir os cinco preceitos aos monges. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A Bondade do Mestre  -

    Como forma de encorajamento aos monges, Ajahn Anan faz revelações sobre sua prática e conta sobre os seus dias com Luang Pó Chah. Dois comentários: 1- Aqueles que conhecem a regra monástica sabem que afirmar de forma categórica ter samādhi, como é feito nessa gravação, é ofensa da regra monástica mas só quando conversando com leigos, a audiência nessa ocasião era de bhikkhus e portanto não houve ofensa. 2- A primeira foto do vídeo foi feita no dia da ordenação de Ajahn Anan, à direita Ajahn Anan, ao centro Ajahn Chah e à esquerda Ajahn Piak (eles se ordenaram no mesmo dia). Notas: Cemitério: não eram cemitérios como os ocidentais, antigamente na Tailândia o que haviam eram pedaços de floresta onde os mortos eram levados e cremados. As pessoas simplesmente acendiam a fogueira e iam embora deixando os restos da cremação por lá mesmo, o lugar era provavelmente cheio de osso e restos decompostos de cadáveres. Hoje em dia isso não é mais feito, os corpos são cremados em fornos especiais e não sobra muito a não ser cinzas. Bodhiñāna: literalmente significa ‘conhecimento do despertar’, mas era também o título eclesiástico dado a Ajahn Chah: Chao Kun Bodhiñāna Thera. Dentro e fora do Pātimokkha: o Pātimokkha enumera somente as 227 regras principais, além dessas existe uma infinidade de outras pequenas regras no Vinaya Pitaka. Mandou coar de novo: os monges não podem consumir alimentos após o meio-dia, mas são autorizados a beber suco de frutas. Ajahn Chah era bastante rigoroso com a regra monástica e não bebia um suco mesmo que tivesse uma quantidade mínima de semente ou bagaço ainda presente. Autópsia: é relativamente comum hospitais autorizarem monges a assistir autópsias para praticar a contemplação da morte. ‘Eu não disse que não vai morrer!’: em outra gravação Ajahn Anan conta essa história em mais detalhes: na ocasião, Ajahn Chah estava supervisionando o trabalho no monastério e Ajahn Anan o acompanhava. Enquanto Ajahn Chah falava sobre os planos de construção Ajahn Anan refletia sobre a morte pensando ‘Será que vou viver para ver esse trabalho feito?’, Ajahn Chah então olhou para ele e disse em tom de brincadeira ‘Estou dizendo, caso não morra…’ (é impossível traduzir literalmente a frase em tailandês). Moral da história: aparentemente Ajahn Chah era capaz de ler os pensamentos dele. Beba água: no Visuddhi Magga há uma recomendação sobre como achar a quantidade correta de alimento para si: coma à vontade mas quando estiver a 5 colheradas de se sentir satisfeito, pare de comer e beba água. Um só receptáculo: essa é uma das práticas de dhutanga, significa comer colocando toda a comida dentro da tigela, inclusive doces e sobremesas. Filiais: Wat Nong Pah Pong possui várias filiais dentro e fora da Tailândia. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Fogo Purifica a Mente  -

    Luang Pó Bén compara o processo de purificação mental com a purificação do ouro. Luang Pó Bén é discípulo de Luang Pu Kongma e com a morte de Luang Pu Mahā Bua, pode-se dizer que é o mestre vivo mais respeitado e é tido como principal ponto de referência dentro da tradição da floresta tailandesa nos dias de hoje, tanto no que diz respeito à disciplina que exige dos discípulos como o nível de prática. Ele gosta de usar o símile da guerra quando fala sobre a prática do Dhamma e portando seus ensinamentos são repletos de termos como ‘lutar’, ‘destruir’, ‘vencer o inimigo’, etc. O ensinamento abaixo foi dado a monges e a julgar pelo conteúdo, provavelmente monges com um nível de prática já bastante avançado. Mesmo se não for muito útil como conselho prático para quem está começando, ainda assim serve como inspiração e como informação, para que possamos ver um exemplo de como pessoas diferentes se relacionam com a prática. Notas: ‘que esse corpo se dissolva em elemento ar’: esse é um estágio avançado da prática da contemplação do corpo. O praticante, munido de samādhi, traz à frente uma imagem de seu próprio corpo e faz com que ela se desfaça em elemento ar. É uma forma de destruir a ilusão de que esse corpo é ‘eu’ e vê-lo apenas como uma união dos quatro elementos. Cinco ascetas: o grupo de ascetas que servia de atendentes ao bodhisatta durante o período em que se dedicou à pratica da mortificação (pesquise a biografia do Buddha aqui para maiores detalhes). Mente livre: essa expressão é difícil de traduzir pois a palavra wáng (ว่าง) tem vários significados: vazio, livre, solto, entre outros, pode ser usada como adjetivo ou como verbo. A expressão também pode ser interpretada como ‘mente vazia’ ou ‘mente solta’, do verbo ‘soltar’. ‘Onde quer que haja brilho, destrua bem ali’: esse é um aspecto muito avançado da prática. Pode se referir ao apego à mente em jhana ou ao fruto de anāgāmī. É dito que aqueles que alcançam o estágio de anāgāmī enfrentam um último inimigo antes de alcançarem a iluminação completa: apego pela aquela mente purificada. Quando a mente alcança esse estágio é extremamente brilhante, pura e pacífica e muitos praticantes se deslumbram com esse brilho e pureza da mente. É comum que as pessoas que chegam a esse estágio se enganem achando que esse já é o nível final de iluminação. Vipensanā: é minha adaptação do trocadilho em entre vipassanā (วิปสสนา) e vipassanuk (วิปสสนึก). Vipassanuk por si já é um trocadilho: a palavra ‘nuk’ significa pensar, já vipassanā significa ver de verdade. Ou seja, ele está dizendo que a pessoa não consegue sequer adivinhar em seus pensamentos como é o verdadeiro Dhamma, muito menos ver com seus próprios olhos. Transferindo para o português, não consegue sequer praticar ‘vi-pensa-nā’, quanto menos ‘vipassanā’. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - O Estudo do Dhamma  -

    Luang Pó Piak encoraja o desenvolvimento mental. Mais ensinamentos de Luang Pó Piak (em inglês) podem ser encontrados nesse link: http://www.youtube.com/user/VimuttiMonastery Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Prática ou Desastre?  -

    Ajahn Chah admoesta os monges a levarem a prática a sério. Notas: Prática ou desastre: trocadilho entre as palavras patibat (ปฏิบัติ) e vibat (วิบัติ). Torturar: (ทรมาน) essa é uma gíria comum entre os monges da floresta, não significa exatamente torturar no sentido comum, significa ir contra a correnteza, ou fazer aquilo que vai contra suas vontades, fazer aquilo que é difícil, assim por diante. Comer pouco, dormir pouco, falar pouco: esse é um ensinamento famoso que Ajahn Chah citava frequentemente, quem for a uma filial do Wat Pah Pong certamente vai ver uma placa  com a seguinte frase escrita: “Comer pouco, dormir pouco, falar pouco, é praticar. Comer muito, dormir muito, falar muito, é ser burro.” Brincadeira: (เล่น) essa é uma palavra difícil de traduzir pois foi utilizada de forma ambígua, significa tanto “brincar” como “fazer à toa”. Por exemplo, pode-se entender “falar brincando” ou “falar à toa”. Não conseguem ficar: difícil transmitir a sensação da frase em tailandês, dá a impressão de que ele quer dizer que as kilesas obrigam ou enganam o praticante a ir em peregrinação. Atravessar o mato: trocadilho entre a palavra tudong (ธุดงค์, dhutanga) e a expressão talú dong (ทะลุดง, atravessar o mato). Nimón: (นิมนต์) é uma expressão de convite que é utilizada somente para monges. Assunto dos outros: esse é um ensinamento frequente de Ajahn Chah, significa que os monges não devem ficar olhando e achando defeito no que os demais monges fazem, mas sim cuidar da sua própria prática. Melhor campo de mérito para mundo: essa é uma das qualidades da Sangha citada frequentemente no Tipitaka (“anuttaram puññakkhettam lokassa”). Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Cria Galinhas Mas Não Colhe os Ovos  -

    Ajahn Chah fala sobre a prática em casa. O principal interlocutor dessa conversa é um ex-monge que viveu com Ajahn Chah por cerca de cinco anos e depois saiu em busca de outras religiões. Ele eventualmente praticou budismo Tibetano, Zen, Hinduísmo, Cristianismo, Sufismo e sabe-se lá o que mais, a ponto de Ajahn Chah brincar apelidando-o de “discípulo travesti” pois ele mudava de tradição periodicamente. Notas: Membro do comitê: provavelmente se refere ao comitê que gere um grupo budista. Não é “dente”, é “sonho”: as palavras dente (ฟัน) e sonho (ฝัน) possuem pronúncias muito semelhantes em Tailandês. Já não deve ter muitas kilesas a uma altura dessas: isso está sendo dito em tom de ironia. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Investigando a Realidade  -

    Em conversa com monges visitantes Ajahn Paññāvaddho fala sobre as diferentes técnicas de meditação que utilizou no início da sua prática. Obs.: Apesar de pouco conhecido no ocidente, Ajahn Paññãvaddho era respeitado como grande mestre dentro do circulo de monges da tradição da floresta e dois eventos ocorridos após sua morte são de fato intrigantes:     1- Durante seu funeral um arco-íris circular surgiu ao redor do sol no exato momento em que o caixão foi trazido à pira crematória, mais uma vez quando sua biografia foi lida e novamente quando o fogo foi aceso, o que é de fato curioso uma vez que não havia nenhuma nuvem ou sinal de chuva no céu naquele dia. Uma gravação do ocorrido pode ser vista nesse link: http://www.youtube.com/watch?v=ZaMT8G7lJnU     2 – Alguns meses após a cremação, restos de ossos resultantes da cremação transformaram-se em relíquias (prah tát), mudando de cor e característica o que segundo a tradição na Tailândia ocorre graças à pureza mental do praticante quando ainda vivo. Notas: Wat Pak Nam: esse é o monastério onde se originou o método difundido pelo grupo Dhammakaya. Apesar do Wat Pak Nam em si e o grupo Dhammakaya não estarem diretamente relacionados, ambos ensinam a mesma técnica de meditação. Mais informações sobre Dhammakaya podem ser encontradas nesse link: esoteric-teaching-of-wat-phra-dhammakaya Tahn Ajahn: refere-se a Tahn Ajahn Mahā Bua Vim para cá: refere-se a Wat Pah Ban Tad. Cerca de cinco anos: provavelmente quer dizer que ele já era bhikkhu há cerca de cinco anos. Ajahn Singtóng: um dos principais discípulos de Ajahn Mahā Bua, falecido no referido acidente aéreo. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Mérito e Renascimento  -

    Luang Pu Uthai fala sobre mérito e renascimento. É possível notar claramente como é diferente a estratégia utilizada para motivar as pessoas a praticar o Dhamma. No ocidente, onde em geral as pessoas que se interessam por budismo possuem educação formal e são mais intelectualizadas, a abordagem mais comum é falar sobre sabedoria e auto-conhecimento, já no oriente onde a maioria das pessoas interessadas são de origem simples e nem sempre possuem educação formal, o mais comum é falar sobre carma e sobre nascimento em reinos celestiais, mas ainda assim, o modo e a importância dada à prática continuam sendo os mesmos, e quem tiver acesso a uma tradução mais completa do Tipitaka vai notar que mesmo o Buddha utilizava ambos os approachs em situações diferentes. Luang Pu Uthai é discípulo de Luang Pu Fan e Luang Pu Mahā Bua (esses por sua vez eram discípulos de Luang Pu Mân). Notas: Fazer mérito: o termo “fazer mérito” é bastante amplo, significa todo tipo de coisas como praticar meditação, estudar o Dhamma, fazer doações, recitar suttas, prestar reverência a imagens do Buddha, ajudar a limpar o monastério, ou qualquer outra atividade que gere bons estados mentais e bom carma para aquele que realiza. Memória: na Tailândia é comum traduzirem “sañña” como “memória”, quando o mais comum em outros locais é “percepção”. Aquele que sabe: essa é uma expressão comum na Tailândia, se refere à capacidade de estar ciente, sati. É comum os mestres ensinarem “Não sejam aquele que pensa, sejam aquele que sabe!”, significa que o praticante deve focar em sati e deixar os pensamentos passarem. Três mundos: os reinos celestiais, o reino humano e os reinos inferiores. Quatro mundos inferiores: inferno, fantasmas, asuras e animais. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Os Cinco Obstáculos  -

    Trecho de ensinamento em que Ajahn Sumedho fala sobre os cinco obstáculos à prática de samādhi. Os ensinamentos contidos aqui serão especialmente úteis para pessoas que experienciam muitos problemas com raiva e ódio. Notas: Chitrust: o primeiro monastério da tradição da floresta criado no ocidente, Ajahn Sumedho foi o criador e o primeiro abade deste monastério. …eles simplesmente fogem: quem já viveu num monastério ou numa comunidade de praticantes já deve ter passado por essa experiência: muitas pessoas estão procurando por algo que elas mesmas não sabem o que é, e às vezes elas aparecem no monastério esperando que o local faça jus aos ideais delas sem dar importância às pessoas que vivem ali ou ao modo de agir já estabelecido no local. Esse tipo de gente costuma criar muitos problemas, reclamam, criticam, criam divisão, tentam angariar partidários, criar revoluções, e após toda essa bagunça, como é comum às pessoas de mente confusa, elas simplesmente se entediam e vão embora, desaparecem, vão procurar novas “causas nobres” para lutar em algum outro lugar. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Treinamento Gradual  -

    Luang Pó Piak fala sobre a observância do uposatha e sobre o treinamento gradual da mente.Como todos irão notar há o uso de muitas palavras em pāli durante essa Dhamma Desanā, aqueles que desejarem podem abrir o glossário numa janela à parte e consultar conforme necessário, mas vale mencionar que mesmo na Tailândia são muito poucas as pessoas que conhecem o significado dos termos utilizados, portanto, aqueles que quiserem podem tentar ouvir e captar o significado sozinhos. Notas: …segundo período: No monastério de Luang Pó Piak há dois períodos mensais de prática de meditação, onde as pessoas vêm praticar a noite toda, das 19:00 ao nascer do sol, durante três dias consecutivos. Nesse caso o significado é de que o segundo período de prática já se encerrou mas uma vez que o dia seguinte é o uposatha, haverá mais um período de prática noturna, que já é tradicional em todo uposatha em vários monastérios (essa prática noturna no dia do uposatha é uma tradição que data da época do Buddha). “Em que direção devo colocar o Buddha?”:  Há uma superstição de que quando montando um altar dentro de casa, a imagem do Buddha deve ser posta voltada para uma certa direção para que traga boa sorte para aquela residência. …é no dia anterior ao uposatha que encerramos o ano: Na Tailândia existem três “anos novos”: o ano novo ocidental no dia 1º de Janeiro, o ano novo chinês e o ano novo budista no dia do Vesak que também coincide com o festival do Songkran. Aqui ele se refere ao ano novo budista. Kammatthāna: A palavra em pāli kamma significa “ação”, thāna significa “base”, “fundação”, mas o agregado kammatthāna também é utilizado em tailandês significando prática de meditação. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Budismo Estilo Theravada  -

    Em viajem a Londres Ajahn Chah apresenta o budismo Theravada aos ingleses. A gravação foi editada para remover uma sessão onde as instruções da prática de meditação foram repetidas. Notas:  “…prendiam e vendiam de novo”: algumas pessoas gostam de fazer mérito libertando um animal que está preso ou que está para ser sacrificado, como consequência, espertalhões se aproveitam e prendem animais para vendê-los em frente a um templo onde as pessoas querem fazer esse tipo de mérito. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - É Só Olhar o Banheiro  -

    Ajahn Chah fala sobre a prática monástica.Dois comentários sobre esse ensinamento: nos monastérios da tradição da floresta dentro da Tailândia, em geral não se organiza o trabalho de limpeza e manutenção do monastério, é esperado que os monges o façam de maneira voluntária, no estilo “quem ver que está sujo, limpe”, o resultado dessa prática é que os monges fazem tudo de maneira espontânea, sem precisar de alguém vigiando ou dando ordens, mas nem sempre funciona, por isso a necessidade de um ensinamento como o que vemos abaixo. Já nos monastérios ocidentais é comum que haja uma lista de tarefas e para cada tarefa uma pessoa é designada, o monastério fica limpíssimo mas as pessoas nem sempre trabalham por sinceridade mas sim porque foram mandadas. No que diz respeito a noviços, vale lembrar que na Tailândia somente crianças se ordenam como noviços, e então às vezes e necessário ensinar até coisas básicas como dar descarga no banheiro… Notas: temos mais que 40 filiais: hoje em dia o número chega a mais de 200 filiais. prestar reverência: prostrar-se de maneira elegante e respeitosa perante a imagem do Buddha ou perante o professor. cachorro: não há nada mais ofensivo na Tailândia do que chamar alguém de cachorro. opinião incorreta: vem do pāli “micchā-ditthi”, é usado na Tailândia para se referir a pessoas que são inimigas do Buddha Sāsana. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Problemas do mundo  -

    Nessa gravação bem humorada temos a oportunidade rara de ter um pouco de insight na mente de Ajahn Chah sobre como ele enxerga o mundo. Esse é o tipo de ocasião em que sentimos verdadeiro assombro com a sabedoria do grande mestre, não por sua erudição ou sofisticação intelectual mas sim pela simplicidade com que ele destrói um problema, às vezes só mudando de forma sutil um ponto de vista. Talvez o mais assombroso não seja a sabedoria do mestre mas sim o tamanho da nossa burrice e como sofremos à toa! A gravação é de baixa qualidade e às vezes há distorção nas vozes. Outro problema é que ela é interrompida várias vezes fazendo com que algumas frases fiquem inacabadas e outras percam um pouco seu contexto. Notas: Rua Plêngsit: é uma rua num bairro nobre de Bangkok. Trazem os filhos para oferecer: essa é uma superstição comum no interior da Tailândia. As pessoas pedem que o Ajahn aceite ser padrinho do filho deles com a ideia de que assim o mérito do Ajahn vai ajudar a proteger a criança. Isso é feito apenas como cerimônia, o monge não assume de fato nenhuma responsabilidade pela criança. Prosperava em Beijing: a pessoa refere-se ao fato de que no passado existia budismo na China mas depois o país tornou-se comunista. Note que essa gravação ocorreu na época da guerra do Vietnam e havia um perigo real da Tailândia também tornar-se um país comunista. Pessoas com micchā-ditthi: nesse caso específico significa pessoas que não gostavam do Buddha e do ensinamento dele. Enterrar as nimitas: neste caso específico, nimitas significam pedras que demarcam os limites do bot (uma espécie de templo). É tradição que essas pedras (em geral esféricas) sejam enterradas sob o solo. Ajahn Kitbóbut: a palavra ‘ajahn’ significa professor mas também é utilizada na Tailândia de forma parecida com ‘doutor’ no Brasil, ou seja, qualquer pessoa que possua um certo status é chamado de ‘ajahn’ tal como no Brasil qualquer pessoa que possua uma posição de certo respeito é às vezes chamado de ‘doutor’. Folhear ouro: no caso anterior, da estátua do Buddha, significa de fato folhear a ouro, o artesão usa ouro derretido para cobrir a imagem. Já no caso nas nimitas citado aqui significa que as pessoas vão trazer pequenas folhas de papel metálico de cor dourada (só em casos muito raros são de fato folhas de ouro) e usando um pouco de cera de abelha colam esse metal na nimita (às vezes também nas estátuas do Buddha). Algumas pessoas fazem isso como uma forma de puja, mas a maioria faz porque acha que como resultado disso elas vão ficar ricas. Jogar coisas dentro: as nimitas são enterradas sob o solo, o significado aqui é que as nimitas já foram postas nos buracos mas ainda não foram enterradas e as pessoas se aproveitam para jogar objetos dentro do buraco como forma de puja (na maioria dos casos jogam moedas ou pequenas imagens do Buddha). Querem morrer aqui mesmo, agora mesmo: na Tailândia uma forma bem humorada de expressar raiva é dizer “Quero morrer! Quero morrer!” Nove templos: algumas pessoas têm a superstição de que se fizerem uma certa cerimônia num certo dia, num número específico de templos, elas conseguirão estender seu tempo de vida. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Ajahn Tan – Perguntas e Respostas  -

    Durante um retiro na Malásia Ajahn Tan responde perguntas sobre meditação e fala sobre seus primeiros anos como monge.Algumas vezes foi necessário editar o áudio original das perguntas pois a pessoa perguntando se perde em devaneios e extensas explicações até enfim chegar ao assunto sobre o qual ela de fato quer perguntar. Nesse tipo de situação é comum o tradutor “filtrar” a pergunta e só apresenta ao Ajahn o resumo final, e ainda assim às vezes o Ajahn só responde em parte o que foi perguntado. Eu tentei então editar o áudio e deixar somente a parte que de fato foi respondida para evitar desperdício de tempo e simplificar o entendimento. Notas Tahn Ajahn: ‘ท่านอาจารย์’ significa literalmente ‘senhor professor’, já o nome dele é ‘อาจารย์ตั๋น’. Para ouvir a diferença de pronúncia copie e cole essas duas palavras no site do Google Translator e clique no botão para ouvir a pronúncia (tem o desenho de um alto-falante). Manter sati durante o dia: ou seja, manter a sati durante as atividades do dia-a-dia. As três características: é característica de toda experiência mundana ser insatisfatória, impermanente e vazia de personalidade. Posturas diversas: um eufemismo para se referir às diversas atividades do dia-a-dia, andar, falar, dirigir automóveis, etc. Determinar o pāramī: é uma expressão muito utilizada na Tailândia, que significa dedicar o bom carma que tenhamos feito para uma causa específica. Por exemplo, uma pessoa pode recitar 108 vezes um sutta e dedicar o mérito dessa ação a um parente que já faleceu ou à realização de um estágio de iluminação e assim por diante. Último ensinamento do Buddha: são as últimas palavras que o Buddha proferiu antes de falecer, para mais informações leia http://acessoaoinsight.net/sutta/DN16.php ….baseado em memória: esse é um trocadilho com as palavras ‘ความจริง’ (verdade) e ‘ความจำ’ (memória). Significaria mais ou menos “não sabe de verdade, sabe por ter ouvido falar”. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Não se deixe enganar pela mente  -

    Ajahn Chah alerta os monges sobre os truques que a mente prega nas pessoas.Esse ensinamento foi dado numa ocasião onde só haviam monges e provavelmente discípulos mais próximos, portanto a linguagem é bem informal e às vezes um pouco ofensiva, peço desculpas aos leitores. Há uma segunda tradução desta mesma desanā para a língua inglesa chamada “Right Restrain”. Notas “…estimamos desde que nascemos” – antigamente na Tailândia era o cúmulo do desrespeito tocar alguém na cabeça, hoje em dia ainda há essa percepção mas não é tão sério assim. “… estando em cima” – na Tailândia quão alto um objeto é posto possui um significado simbólico. Por exemplo, num altar a imagem do Buddha deve ser o item mais alto, fotos de mestres e outros objetos devem estar numa altura mais baixa e assim por diante. O que ele quer dizer aqui é que se os órgãos sexuais fossem realmente importantes eles estariam no alto da cabeça e não abaixo dela. Pabakaro – esse era o nome de um discípulo de origem norte-americana, o evento relatado ocorreu nos Estados Unidos. “rê, rê, rê, rê…” – esse, eu imagino, é o som do cachorro arranhando a porta. Ciência do Buddha – um dos significados da palavra Buddha é “aquele que despertou”, então essa expressão também pode ser interpretada como “ciência do despertar”. Kāma – esse termo é diferente de kamma. Kāma se refere a sensualidade, já kamma significa ‘ação’. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Prática Correta  -

    Instruções de Ajahn Chah a um grupo de pessoas que vieram experimentar a vida monástica por um período curto de três meses. Notas Pensamento aplicado, pensamento sustentado, êxtase, felicidade e unificação mental – estes são os quatro fatores do primeiro jhana. …se desencanta – a palavra tailandesa “เบื่อ” agrega uma conjunção de significados difícil de reproduzir em português, ela expressa o tipo de cansaço mental que é uma mistura de tédio, irritação, falta de interesse e desânimo. Incerto – em tailandês “ไม่แน่”. Essa expressão é recorrente no ensinamento de Ajahn Chah, ela é um aspecto de anicca e expressa impermanência, incerteza, imprevisibilidade, a característica de não ser garantido, não confiável, e portanto não digno de apego. Paz – dentro do círculo de monges desta tradição é comum usar essa palavra como sinônimo para samādhi. Emular e imitar – mesmo em tailandês o significado dessa expressão não é óbvio, o “punch” aqui é o jogo de palavras “íem/yáng” (na verdade elas significam quase a mesma coisa). O que ele quer dizer é que não devemos só imitar a expressão externa do comportamento de alguém, mas sim olhar mais profundamente e procurar aprender com o que há de bom naquela pessoa. …pedia coisas – dentro do círculo de monges da floresta é considerado deselegante um monge ficar pedindo algo aos leigos, principalmente se isto estiver incomodando-os. A história conta que no vilarejo onde Lung Pó Tongrat morava havia uma família muita avarenta que não dava nada de esmola aos monges quando eles saiam em pindabat. Luang Pó Tongrat, famoso por sua personalidade excêntrica, usava o seguinte recurso para “ajudar” aquela família a deixar a avareza e fazer mérito: ele ficava de pé bem em frente à casa gritando “E aí? Cadê a comida?” e não ia embora enquanto eles não trouxessem um pouco de arroz para oferecer. A família então tentou uma outra estratégia para não doar: quando Luang Pó chegava a dona de casa se desculpava dizendo que não havia cozinhado porque havia acabado a lenha. Na manhã seguinte Luang Pó apareceu na porta da casa com um faixo de lenha nos ombros: “Tá aqui a lenha, eu fico aqui e espero você cozinhar o arroz.” Detalhe: é óbvio que uma colher de arroz tem muito menos valor que um faixo de lenha. Ele realmente estava fazendo aquilo por compaixão àquelas pessoas. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - A mente controlada por ilusões  -

    Em um retiro na Malásia, Ajahn Tan fala sobre a dualidade mente-corpo e responde perguntas sobre a morte. Notas Inteligência: em tailandês a palavra comum para inteligência é o composto sati-paññā. Às vezes é óbvio que o autor está se referindo ao significado comum, outras vezes dá a impressão que ele se refere ao significado mais profundo, em pāli. A pessoa que esteja ouvindo pode então escolher sozinha como quer interpretar o uso do termo nas diferentes ocasiões ao longo do texto. Sati-paññā: ver comentário acima sobre inteligência. Altar: na verdade, “hóng- prah”. Uma tradução livre seria “quarto do Buddha”. Antigamente as pessoas tinham uma salinha com um altar onde elas faziam puja ou praticavam meditação, hoje em dia é comum haver um altar dentro de casa mas em  geral não é um quarto separado, mas ainda assim costumam chamar de hóng-prah. Roupa branca: nos dias do uposatha algumas pessoas vestem roupas brancas para marcar a observância do uposatha. Pacificava: às vezes a palavra paz é utilizada para se referir a samādhi, parece ser esse o caso aqui. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Duas pontas da mesma cobra  -

    Ajahn Chah fala sobre o sofrimento. Notas: “… pedem os preceitos”: na Tailândia em quase toda ocasião religiosa é costume que os leigos peçam que os monges lhes dêem  os cinco preceitos. Quase ninguém tem real intenção de seguir os tais preceitos, é feito apenas como cerimônia. Filiais: Wat Pah Pong possui centenas de filiais dentro da Tailândia e dezenas fora do país. “… estão cheios”: em tailandês existe uma palavra específica para quando se come até ficar satisfeito – im, quando alguém está im, essa pessoa já não sente mais fome. O “cheio” usado na tradução se refere a isso. Funcionário público: mesmo hoje em dia, ser funcionário público é sinal de status na Tailândia. Mahā-Pavāranā: cerimônia realizada ao fim do vassa onde os monges convidam uns aos outros a apontar qualquer falta ou mau comportamento que tenham cometido durante os três meses do vassa. Força do coração: gamlang jai é o correlato tailandês para ânimo, empolgação, mas aqui ele usa no sentido de que ele já não tem mais força física, só sobrou a força do coração. Dukkha Sacca, Samudaya Sacca, Magga Sacca, Nirodha Sacca: as Quatro Nobres Verdades. Psicologia: em tailandês psicologia se traduz ciência da mente (จิตศาสตร์), então a ironia, uma pessoa expert em mente ainda sofre! Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Sati, Samādhi, Paññā  -

    Ajahn Anan fala sobre a importância de Sati na prática de meditação. Notas da Tradução: Mantra – na Tailândia é comum o uso de mantras como objeto de meditação, mas diferente de outras religiões ou escolas budistas, não há a crença de que esses mantras possuam propriedades mágicas sobrenaturais, eles são utilizados apenas como um foco para a mente. Buddhābhitthutim, Dhammābhitthutim, Sanghābhitthutim – versos recitados durante a puja, que descrevem as qualidades do Buddha, Dhamma e da Sangha. Pensamento aplicado/sustentado, êxtase, felicidade, equanimidade – os fatores do primeiro jhana. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Sem Morada  -

    Ajahn Chah fala sobre a atitude correta na prática. Há uma segunda tradução desta mesma desanā para a língua inglesa chamada “No Abiding”. Notas da tradução: Largar: em inglês costumam traduzir a expressão “plói wâng” como “let go”, que é de fato uma boa tradução pois “let go” também possui um aspecto emocional agregado. “Largar” em português não tem essa carga emocional mas ainda assim eu escolhi essa palavra porque vai ser importante mais à frente nessa gravação, apenas entenda que ele está se referindo a um largar mental, largar um apego. Imagine uma pessoa que está segurando algo com muita força, de maneira obsessiva, e então volta a si e larga. Pegar / apegar: em tailandês a expressão utilizada é “yút mân”, literalmente, “segurar firme”. Na verdade ele está dizendo para segurar (yút) sem segurar firme (yút mân). Eu traduzi livremente como “pegar sem se apegar” pois com o decorrer da gravação a expressão vai sendo utilizada de modos diferentes e eu não consegui encaixar a tradução de maneira coerente em todas as situações exceto caso utilizasse “pegar sem se apegar”. Além das razões, acima dos motivos: na Tailândia a palavra para “razão”, “motivo”, “sentido”, é o composto “hêtu-pôn”, quebrado esse composto significa hêtu=causa e pôn=efeito. Ou seja, na Tailândia as pessoas perguntam “Qual é a causa-efeito disso?” significando “Qual a razão disso?” ou elas dizem “Isso não tem causa-efeito!” significando “Isso não faz sentido!” No decorrer do texto Ajahn Chah vem usando o termo nesse sentido, mas nesse ponto ele faz um trocadilho quebrando a palavra em duas, a tradução mais óbvia e mais correta seria “além das causas, acima dos efeitos” mas para manter coerência com o raciocínio que já vinha se desenvolvendo eu optei por uma tradução livre “além das razões, acima dos motivos”. Aqueles que quiserem podem entender usando o significado primário, mais profundo: “além das causas, acima dos efeitos”. Essa expressão, eu sinto, aponta para algo supramundano, além até mesmo da lei mais básica do universo: ação e reação. Āyu, vanno, sukham, balam: as palavras finais dos versos que são recitados por monges, como forma de benção ou agradecimento. Largar o manto: desistir da vida monástica. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Entrevista com Ajahn Sumedho  -

    Ajahn Sumedho deu essa entrevista à TV portuguesa em 17 de Dezembro de 2007. Existe mais uma entrevista que também pode ser vista on-line, clique aqui: http://youtu.be/fwVh9ueXWZ0

  • - Entrevista com Ajahn Jayasaro  -

    Ajahn Jayasaro deu essa entrevista à televisão portuguesa em 8 de Maio de 2012. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Mantendo o Nível de Prática  -

    Nessa desanā Ajahn Chah pede aos monges que não deixem o nível de prática cair e aponta causas para que o grupo de monges se degenere. Notem que em certa parte ele diz algo que aparentemente contradiz o ensinamento de Ajahn Jayasaro publicado nesse mesmo site no dia 17/04/2012, quando ele diz que o comportamento do professor não deve servir de exemplo  aos discípulos. Peço licença para apontar alguns detalhes para que não haja má interpretação: Ajahn Chah de fato se comportava de maneira exemplar, o que ele cita aqui tem a ver com seu estado de saúde, como já explicado na gravação, e com o seu papel de professor: ele era muito famoso naquela época e a quantidade de pessoas que vinham visitá-lo e pedir conselho era muito grande, às vezes ele passava o dia inteiro recebendo visitantes e isso à primeira vista vai contra o que ele dizia aos monges: “falem pouco, não fiquem conversando…”. Outro exemplo: ele era bastante criativo em “sacudir” seus discípulos quando necessário, às vezes fazendo uso de linguagem e gestos rudes, o que também ia contra o que ele exigia dos monges: comportamento impecável, educação e respeito quando conversando com qualquer pessoa. Por favor não pensem que ele aprovaria de um “mestre” enriquecendo às custas dos discípulos, bebendo e tomando drogas, ou usando o grupo de praticantes como curral sexual como ocorre muito em várias linhagens “espiritualistas” e infelizmente, o budismo não escapa a essa regra. Há uma segunda tradução desta mesma desanā para a língua inglesa chamada “Mantaining the standard”. Notas da Tradução: Opondo: a palavra em Thai é “otôn”. Se traduz mais corretamente como “aguentar” no sentido de ser capaz de suportar algo, mas aqui é usada de forma um pouco diferente, mais como “opor-se a algo” ou “ir contra”. Samsāre dukkham, Samsāra dukkham (pāli): trecho do Dhammapada. Attanā codayattānam (pāli): trecho do Dhammapada. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Nascimento e Renascimento  -

    Essa desanā foi dirigida à comunidade monástica de Wat Pah Pong, sendo assim a linguagem utilizada é bem mais técnica do que o normal, mesmo as pessoas comuns na Tailândia não entendem a maioria dos termos utilizados ou das expressões que são bastante particulares ao círculo social dos monges da floresta, portanto a dificuldade em entender essa desanā não tem nada a ver com ser ocidental ou oriental. Ainda assim eu fiz questão de traduzir essa gravação em especial pois o que está contido aqui é quase impossível encontrar em qualquer outro lugar, principalmente em tempos atuais onde a atitude geral é rebaixar o Dhamma para nossa estatura ao invés de nós nos esforçarmos para nos fazer à altura do Dhamma. Essa desanā, penso eu, serve como um ponto de referência, para que possamos ver a diferença entre o Dhamma ensinado por aqueles que são Dhamma e aqueles que falam sobre Dhamma. Mesmo que o ensinamento contido não seja o que as pessoas normalmente querem ouvir, mas sendo verdadeiro, é algo que talvez seja de interesse a alguns. Tanto quanto eu esteja ciente, é a primeira vez que essa desanā foi traduzida. Notas da Tradução: Existência-vida: isso é como eu acabei traduzindo ภพ-ชาติ (pôp-chát). Essas duas palavras tailandesas tem um significado difícil de traduzir ao ocidente pois elas existem dentro do sistema de pensamento que enxerga a vida como sendo apenas uma em uma longa sequência, em geral essas palavras são utilizadas nesse contexto. A diferença para nós é algo como a diferença entre “a vida” e “uma vida”, o significado “uma dentre várias” já vem embutido na palavra. Não há tradução direta para o português, o melhor que eu consegui arrumar foi “existência” para ภพ e “vida” para ชาติ, embora “vida” no sentido de “estar vivo, possuir vida”, é melhor traduzido como ชีวิต (chivít). Mesmo para um tailandês, o jogo de palavras feito por Ajahn Chah aqui é algo inusitado e requer um pouco de esforço para captar a mensagem. Āyu, vanno, sukham, balam (pāli): as palavras finais dos versos que são recitados por monges, como forma de benção ou agradecimento. … de pé, sentado ou deitado: essa é uma expressão particular a Ajahn Chah, quer dizer “o tempo todo”, “em qualquer situação”. Protocolos: os deveres dos monges no preparar o local para a cerimônia do uposatha. Pão: originalmente não havia producão de trigo na Tailândia, pão era considerado um produto de luxo, comida de gente rica. Atualmente, com o processo de ocidentalização, pão é um produto comum e pode ser encontrado em qualquer lugar. Bojjhango sati-sankhāto… (pāli): um trecho da Bojjhanga Pārita Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Conselho para professores e estudantes de meditação  -

    Durante um curso na Malásia para formar professores leigos de meditação, Ajahn Jayasaro deu uma série de conselhos muito interessantes e úteis tanto para professores como para estudantes do Dhamma. Notas da tradução: “… sábia atenção, ciência clara e desapego”: o nome da conferência onde essa palestra foi dada era Wacana, então ele fez o trocadilho com Wise Attention, Clear Awareness, No Attachment. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Conversa com um doutor  -

    Um praticante de medicina questiona Ajahn Chah sobre ordenação monástica e a essência de bons atos. Tanto quanto o tradutor esteja ciente, essa Dhamma Desanā jamais foi traduzida em qualquer outro idioma. Parabéns aos praticantes de língua portuguesa! Notas da tradução: “Vejam esse mundo enfeitado como uma carruagem real…”  esse é um trecho do Dhammapada. filho do coronel Pramôt: esse rapaz continuou na vida monástica e atualmente é conhecido como Luang Pó Piak. Durian (tailandês): fruta típica da região sudeste da ásia, na época era considerada um artigo de luxo. É comum as pessoas na Tailândia pedirem que os monges abençoem água para que eles borrifem em casa ou sobre si mesmas para espantar más energias ou trazer boa sorte. Antigamente era comum na Tailândia que todos os rapazes se ordenassem monge ao completar 20 anos por um período curto de tempo. Uma pessoa só pode virar monge caso autorizado pelos pais. Pindapāta (pāli): é o ato dos monges saírem pela manhã pelas ruas recolhendo alimentos para sua refeição, as pessoas costumam tirar os sapatos em gesto de humildade na hora de doar os alimentos. Arroz: no Brasil o que se joga para galinha comer é milho, na Tailândia é arroz. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

  • - Imagens de Ajahn Chah  -

    Pequenos trechos de dois documentários feitos na década de 70 pela BBC de Londres. Esse é o único registro em filme de Ajahn Chah. Infelizmente não temos acesso ao áudio original, portanto a tradução foi feita com base na narração em inglês. Baixe a transcrição deste ensinamento: Versão PDF / Versão ePub / Versão Kindle

 

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