Prática Correta

05/04/2013
Publicado em Traduções
05/04/2013 Mosteiro Suddhāvari
Instruções de Ajahn Chah a um grupo de pessoas que vieram experimentar a vida monástica por um período curto de três meses.
Notas
  • Pensamento aplicado, pensamento sustentado, êxtase, felicidade e unificação mental – estes são os quatro fatores do primeiro jhana.
  • …se desencanta – a palavra tailandesa “เบื่อ” agrega uma conjunção de significados difícil de reproduzir em português, ela expressa o tipo de cansaço mental que é uma mistura de tédio, irritação, falta de interesse e desânimo.
  • Incerto – em tailandês “ไม่แน่”. Essa expressão é recorrente no ensinamento de Ajahn Chah, ela é um aspecto de anicca e expressa impermanência, incerteza, imprevisibilidade, a característica de não ser garantido, não confiável, e portanto não digno de apego.
  • Paz – dentro do círculo de monges desta tradição é comum usar essa palavra como sinônimo para samādhi.
  • Emular e imitar – mesmo em tailandês o significado dessa expressão não é óbvio, o “punch” aqui é o jogo de palavras “íem/yáng” (na verdade elas significam quase a mesma coisa). O que ele quer dizer é que não devemos só imitar a expressão externa do comportamento de alguém, mas sim olhar mais profundamente e procurar aprender com o que há de bom naquela pessoa.
  • …pedia coisas – dentro do círculo de monges da floresta é considerado deselegante um monge ficar pedindo algo aos leigos, principalmente se isto estiver incomodando-os. A história conta que no vilarejo onde Lung Pó Tongrat morava havia uma família muita avarenta que não dava nada de esmola aos monges quando eles saiam em pindabat. Luang Pó Tongrat, famoso por sua personalidade excêntrica, usava o seguinte recurso para “ajudar” aquela família a deixar a avareza e fazer mérito: ele ficava de pé bem em frente à casa gritando “E aí? Cadê a comida?” e não ia embora enquanto eles não trouxessem um pouco de arroz para oferecer. A família então tentou uma outra estratégia para não doar: quando Luang Pó chegava a dona de casa se desculpava dizendo que não havia cozinhado porque havia acabado a lenha. Na manhã seguinte Luang Pó apareceu na porta da casa com um faixo de lenha nos ombros: “Tá aqui a lenha, eu fico aqui e espero você cozinhar o arroz.” Detalhe: é óbvio que uma colher de arroz tem muito menos valor que um faixo de lenha. Ele realmente estava fazendo aquilo por compaixão àquelas pessoas.
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