Transcrição de palestra dada em fevereiro 2022. Clique aqui para ouvir a gravação original.
A percepção da impermanência é um dos fatores mais importantes, mais úteis para quem quer trilhar o Caminho do Buda. Literalmente, a percepção da impermanência é estar ciente, percebendo a impermanência o tempo todo. Porque a mente egóica, a mente ignorante, sempre tenta criar a ilusão de estabilidade. É um hábito ignorante, o de sempre criar a ilusão de estabilidade, porque ela quer encaixar as experiências em rótulos. Quer encaixar a experiência em conceitos. Se a pessoa que tem visão, percepção da impermanência, vai sempre desfazendo essas ilusões, sempre que a mente cria a ideia de que isso é permanente, isso é estável, você vai lá e destrói tal ideia: ‘Não, isso aqui não é permanente, isso aqui não é estável, isso aqui não é confiável. Isso, agora, está assim, mas amanhã, a qualquer momento, pode estar diferente.’ Mesmo uma edificação, ‘Bom, essa edificação aqui vai durar vinte anos.’, não se sabe isso, pode haver um incêndio, um desmoronamento, uma avalanche de terra. Ou uma chuva, um terremoto, um milhão de coisas diferentes podem acontecer.
Quando você está ciente dessa forma, você não sente tanto pesar quando as coisas mudam, mesmo que elas mudem de forma desfavorável. Você também não sente tanto deleite pelas coisas que estão presentes. A sua mente alcança um ponto mediano, você não fica nem muito triste, nem muito feliz.
As pessoas falam: ‘Mas ficar feliz é bom.’ Não se for uma felicidade baseada em ignorância. Muita felicidade é apenas o primeiro estágio de muito sofrimento. Da mesma forma que sua mente criou muita felicidade baseada em ignorância, é só questão de tempo para começar a criar muito sofrimento também baseado em ignorância.
A palavra-chave nesse sistema não é felicidade ou sofrimento, mas sim ignorância. A ignorância gera ambos. A ignorância gera felicidade e gera sofrimento. Na verdade, se você olhar de certo ponto, você pode dizer que ela gera felicidade só para poder gerar sofrimento em seguida. Sem experiência de felicidade, o sofrimento não tem significado.
A pessoa que experiencia felicidade, mas uma felicidade que vem da ignorância, na verdade está apenas criando o espaço onde, no futuro, vai se manifestar o sofrimento. Sem essa felicidade não tem como haver sofrimento no futuro. Então a pessoa, que tem a visão disso, começa aos poucos a abandonar esse tipo de felicidade e esse tipo de sofrimento baseados em ignorância. E começa a experienciar um tipo de bem-estar que está além disso, que está fora desse circuito. A mente consegue enxergar dentro de si algo mais estável, mesmo que não seja perfeitamente estável, consegue enxergar que é menos volátil que o mundo exterior.
Naquilo você encontra um bem-estar, naquilo você encontra não só o bem-estar, uma sensação agradável, uma sensação de paz, tranquilidade, mas também alcança o bem-estar da sabedoria.
Ser uma pessoa sábia é prazeroso. Se você é uma pessoa sábia, os assuntos se resolvem, os problemas que surgem não são tão sérios, você consegue resolvê-los. Você sabe se pôr perante as situações, você sabe resolver problemas, você sabe evitar problemas. O medo e a ansiedade da vida desaparecem, diminuem bastante. E a sensação de que tudo é difícil, tudo é misterioso, também vai diminuindo. Na verdade, é tudo muito fácil, é tudo muito simples. Se você é uma pessoa sábia, tudo parece muito fácil e simples, não tem nada que pareça muito complicado ou misterioso.
Você substitui, você começa a enxergar um bem-estar que está fora desse ciclo de felicidade e sofrimento. É um bem-estar que não só é agradável, mas também é útil, ele serve de fundação para a prática do Dhamma. Serve de fundação para a prática mais elevada do Dhamma, porque mesmo esse nível de felicidade e bem-estar já é um aspecto do Dhamma, mas não é o aspecto último do Dhamma, é o aspecto inicial. Digamos que seja o aspecto intermediário, mas ele serve de fundação para a prática mais elevada, a que realmente vai além, onde você realmente quebra o ciclo de nascimento e morte. Então, conforme você vai desenvolvendo isso, você enxerga, você consegue perceber algo mais estável dentro de si. Conforme você percebe o que é mais estável dentro de si, você começa a perceber como é ilusório, como é fraco o mundo ao redor.
Então, as coisas com as quais as pessoas esquentam muito a cabeça: ‘Ah, meu Deus, vai acontecer isso!’, como alguém que estava me falando a respeito do pessoal que acredita que a Terra é plana: ‘Ah, mas não pode isso, Ajahn! O que vai acontecer? Tais pessoas acham que a Terra é plana, a sociedade vai entrar em colapso.’ Eu falei: ‘Calma, não vai para lugar nenhum, pode ficar sossegado, porque se a pessoa tem uma percepção errônea da realidade, a vida dela não vai funcionar direito.’ Um exemplo fácil: ela jamais conseguiria trabalhar na aviação. Não vai dar certo, porque se você não entende que a Terra é redonda, você não vai conseguir fazer o avião sair e chegar no lugar certo. Ou, então, você vai fazer uma curva enorme porque não entende que é só você ir reto que você chega mais rápido. A pessoa vai dar a volta lá pela África em vez de ir pelo Oceano Pacífico. Então, há várias formas de negócio em que a pessoa não vai conseguir trabalhar, tais como tecnologias que envolvam satélite, que envolvam telecomunicação.
Além disso, a própria verdade aplica uma pressão, a verdade exerce uma pressão. Esse pessoal fica desperdiçando o tempo guerreando contra a verdade e aqueles que entendem a verdade saem na frente. Enquanto eles estão brigando para suprimir a verdade, nós seguimos em frente, vivendo nossa vida, fazendo as coisas de maneira correta, colhendo os resultados. As pessoas daquele grupo vão se tornando ineficientes, e o grupo de pessoas que enxerga a realidade de maneira correta, sai na dianteira. As coisas se harmonizam, se assentam.
As pessoas têm o hábito de enxergar um problema e querer resolver o problema, ninguém para e pensa que, na verdade, o problema é um ponto de vista. As coisas só são um problema se você disser que são. Se você não criar problema, as coisas apenas são como são. E elas seguem fluindo, elas seguem mudando, elas seguem interagindo umas com as outras. Você enxerga essa impermanência e você enxerga a permanência, a estabilidade da mente saudável. Aí você vê a mente saudável interagindo com a impermanência do mundo exterior e como ela é capaz, como ela é hábil, como ela é tranquila e tem uma qualidade que vai além, uma qualidade que está acima. Vira um refúgio, vira um verdadeiro refúgio para sua mente. Ao invés de sua mente buscar refúgio em filmes, distrações, histórias, sons, sabores, ela começa mais e mais a buscar refúgio naquilo. Enxerga onde aquilo se encaixa em todo esse sistema, em todas essas diferentes variáveis, diferentes forças atuando. Onde se encaixa, e como é mais forte que o fluxo da mudança exterior, o saṃsāra.
Na verdade, quando você cria um ponto firme como esse, é como você botar um mastro, um pilar dentro de um rio, o fluxo do rio circunda o pilar. O pilar fica firme e o rio se adapta. Então, às vezes, você começa a perceber isso na sua vida. Você acha: ‘Ah, eu tenho que fazer assim para agradar as pessoas, eu tenho que fazer assim para as pessoas me aceitarem.’ Na verdade, quando você tem uma fundação firme dentro de si as pessoas se adaptam a você. Elas é que fazem o esforço para te agradar, elas fazem o esforço para se adaptarem a você. Se elas sentirem que você tem algo firme e verdadeiro, algo que é bom, elas ficarão dispostas a aceitar você, dispostas a acomodar você na vida delas, a acomodar você na sociedade.
Um exemplo que eu costumava dar: antes de eu virar monge, quando eu arrumava namoradas e tal, eu percebia que quando saía à noite muito carente, querendo achar uma namorada, com aquela ansiedade, ninguém se interessava. Mas quando eu saía tranquilo, querendo só curtir, ouvir a música, desfrutar do ambiente, apareciam pessoas interessadas, olhando, querendo conhecer! As pessoas percebem que você tem algo diferente. Elas sentem que tem algo especial ali, elas se sentem atraídas.
Afora este exemplo bobo, isso tem implicações em tudo, em amizades… Eu via isso na faculdade. Eu não me envolvia naquela bagunça, de brigas de classe, ‘a aula tá boa… a aula tá ruim… vamos brigar, fazer uma revolução’. Eu não me envolvia em nada daquilo! Eu ficava na minha, olhando as pessoas brigando por aquelas bobagens todas. A princípio pode-se pensar que por não fazer parte de tal sistema, as pessoas não estariam interessadas no que eu tinha a dizer. Mas quando surgia alguma situação e eu esboçava alguma opinião, as pessoas paravam e ouviam. Porque elas sentem que você não está falando por raiva, não está falando por ignorância, elas sentem que aquilo que você vai dizer tem alguma coisa, tem alguma sabedoria por trás. Elas voluntariamente ouvem, você não precisa fazer um esforço, você não precisa gritar.
Tem uma certa força por trás de tudo isso, esse tipo de coisa, esse tipo de qualidade mental exerce uma força no ambiente, e as pessoas respeitam isso. Conforme você vai praticando, você começa a enxergar essas coisas. A sua fé na prática, a sua fé nos resultados da prática do Dhamma, vai ficando cada vez mais firme. Vai ganhando impulso, vai ficando cada vez mais fácil praticar. Quanto mais fácil praticar, mais firme a mente fica. Quanto mais firme a mente fica, mais qualidade ela ganha, mas clareza ela ganha.
Você começa a ver essa dicotomia entre estabilidade e impermanência. O mundo lá fora é impermanente. A única coisa relativamente estável que eu consigo enxergar neste mundo é a mente pacífica, é a mente sábia. Então você começa a mais e mais buscar o que é estável. Como o Buda dizia: ‘Estando eu sujeito à morte, não é apropriado para mim continuar buscando aquilo que também está sujeito à morte.’ Estando o mundo, inclusive eu mesmo, sujeito à impermanência, o correto é eu buscar aquilo que é permanente. Se o mundo é regrado pela impermanência, então eu vou buscar aquilo que é permanente. Se o mundo é regrado pela morte, então eu vou buscar o não-morte, Amata Dhamma, não-morte, o Dhamma que está além da morte, que não está sujeito à morte. Se o mundo é regrado pelo sofrimento, pela ignorância, então eu vou buscar aquilo que está além do sofrimento, que não toma parte na escuridão, nesse fluxo, nesse ciclo de renascimento e morte guiado pela ignorância. As pessoas que têm visão começam a buscar a saída disso. Ou então, como Ajahn Cha dizia, algo que está além do certo e errado, buscar o que está além do bem e do mal, além do nascimento e morte, além do sofrimento e da felicidade.
É uma coisa gradual. Como é algo muito vago, é difícil você convencer alguém a buscar isso só falando: ‘Olha! Venha! Busque isso! Isso é muito bacana, isso é muito legal.’ Você só consegue convencer as pessoas tolas, dessa forma. Se for essa a sua estratégia para convencer as pessoas a buscar o Dhamma, você só vai convencer as pessoas tolas, aquelas que acreditam em qualquer coisa. Você consegue gente, mas não gente inteligente, sábia. Você pode observar isso em alguns grupos budistas que atraem muita gente, mas não gente de qualidade.
A estratégia que o Buda usava era apontar para o sofrimento, veja o sofrimento, enxergue o sofrimento, enxergue a impermanência, enxerque como isso é vazio, como toda essa experiência de eu, de coisas baseadas em eu, meu ponto de vista, minha sensação, minha ideia, meu pensamento, o que eu quero, o que eu odeio, veja como isso tudo é vazio, é falso e fabricado. Quando a pessoa começa a ter a visão disso, ela sente um impulso de buscar aquilo que está além, aquilo que atravessa essa correnteza. Ela não vai baseada em fantasia nem fé, acreditando que tem algo melhor. Ela vai baseada em visão, ela enxerga a impermanência, ela enxerga o sofrimento, ela enxerga o não-eu, o vazio do não-eu. Tendo essa visão, tendo sabedoria, ela busca aquilo que está além, aquilo que transcende esse tipo de fenômeno. Desde o começo já munida de sabedoria. Então o caminho inteiro dela vai ser guiado por sabedoria.
Eu gosto mais dessa estratégia, que é como Buda de fato ensinava, não é muito colorido, não é muito divertido, não tem barulho e não tem música, nem sons e imagens agradáveis, não tem histórias interessantes, mas tem sabedoria, tem visão clara. É algo que você não joga fora nunca. Você começa bem desde o começo, você já acerta desde o começo. Você só constrói em cima daquilo que você já começou. Você continua construindo. Com o tempo você, além da visão da impermanência, além da visão do sofrimento, além da visão do vazio do não-eu, você começa a ter a visão da estabilidade mental, você começa a ter a experiência de uma felicidade que não faz parte dos órgãos dos sentidos. Uma felicidade que não é uma felicidade mundana. Você começa a experienciar ainda mais, não só a experiência de enxergar isso, a experiência de como isso é agradável, você começa a enxergar o correlacionamento entre esse fenômeno e o mundo. O que está acima e o que está abaixo, quem é nobre e quem é chulo, qualidade baixa e elevada. Você começa a pensar: ‘Eu não vou escolher o pior. Vou escolher o melhor!’
É quando você começa a entender essa relação entre corpo e mente. No começo tudo parece uma coisa só: a mente é o corpo, o corpo é a mente, são a mesma coisa. O fato de a mente ser experienciada no mesmo nível do corpo, é porque a mente se degenerou. Se a mente for normal, ela está acima, o corpo fica abaixo. Você vê o que vale a pena. Vou investir meu tempo e esforço cuidando do corpo? Ou vou investir tempo e esforço cuidando da mente? Eu vou cuidar da mente! O corpo é secundário, a mente é mais importante. Quando você começa a ter esse tipo de experiência, esse tipo de visão, fica bem mais fácil, a coisa começa a criar embalo. Não tem tanto atrito.
Mas hoje em dia as pessoas não percebem isso nem em coisas que deveriam ser óbvias, quanto mais em relação à mente e ao corpo, em relação ao Dhamma e ao mundo. Como esperar que as pessoas possam reconhecer esse fenômeno, a diferença entre o Dhamma e o saṃsāra? Quem está acima e quem está abaixo… Quem é nobre e quem não é… Aí está a ignorância, a falta de visão das pessoas. Porém, é um dilema que tem solução.
Aqueles que não têm muita sabedoria, mas tem um pouquinho só, podem não ter o tanto necessário para matar a charada sozinhos, mas tem o suficiente para, quando ouvirem um ensinamento do Buda, ou ensinamento das pessoas sábias, reconhecerem que ali tem algo interessante. Então, ali há uma faísca. A pessoa começa, pouco a pouco, a cultivar aquilo, a expandir, e aquilo vai ganhando momento, vai ganhando embalo até chegar nesses níveis de que estou falando. Se não houvesse o Buda-Sāsanā, se o ensinamento do Buda não estivesse presente, então as pessoas estariam por conta própria, cada um por si. Bem mais difícil. É como você começar uma fogueira sem uma chama. Nesse sentido, o ensinamento do Buda é como se fosse um fósforo aceso. Acelera muito o processo.
Quem já tentou acender uma fogueira só com atrito de pedras ou madeira sabe a diferença de receber uma chama. Mesmo que seja uma chama pequenina como a de uma velinha de aniversário de criança, daquelas bem fininhas… Ou, então, como no caso em que uma pessoa tenha um combustível altamente inflamável, quando só uma faísca já é o suficiente. É o exemplo dos sāvakas, dos discípulos do Buda, que a gente lê nos suttas. Só uma palavra, só um gesto, tal pessoa já percebia, já conseguia acender o fogo, a chama do Dhamma no coração. Porque ela estava ali já pronta, com o material pronto.
Mas mesmo aquela pessoa que não tenha algo como o combustível, ainda que seja como madeira úmida, mesmo assim dá para fazer; vai montando, junta um pouquinho de galhos aqui, de papel ali… Vai ajeitando aos poucos. O papel gera um pouco mais de calor, que acende os galhos, o calor dos galhos vai secando a madeira, até que se produz a fogueira.
Talvez a pessoa que só tenha dois pedaços de pau na mão ache impossível produzir uma fogueira. Mas com um fósforo, uma chama minúscula, sabendo aplicar da maneira correta, o fósforo acende o papel, o papel acende o graveto, o graveto acende o galho, o galho acende a tora… Se você souber fazer de maneira correta, se tiver paciência para não ficar mexendo no fogo, deixar o fogo crescer, deixar a chama se espalhar aos poucos, quando for a hora certa você joga mais combustível em cima, joga mais galho em cima. Você não joga o galho quando o fogo está fraco, porque aí ele apaga. Tendo paciência, tendo a habilidade de lidar com aquilo, você consegue. Mesmo começando com algo que parece tão ínfimo como um fósforo, no final vira uma fogueira que queima completamente as kilesas, queima completamente o saṃsāra, leva a pessoa a alcançar a Libertação.
Um desses recursos é a percepção da impermanência, então é sempre bom treinar a mente em perceber a impermanência. Sempre que você olha algo, como uma paisagem bonita, qual é a impermanência dessa paisagem? Aí você vê um prédio bonito, qual é a impermanência desse prédio? Como que é a impermanência desse prédio, como isso se expressa? Como é que vai estar esse prédio daqui a cem anos? Como é que vai estar essa paisagem daqui a mil anos? Como é que vai estar essa paisagem daqui a quinhentos anos? Como é que vai estar essa paisagem daqui a um milhão de anos?
Você treina. Você vê uma pedra, um rochedo, uma rocha enorme: ‘Essa pedra é estável!’ Mas não é, porque, como ela chegou até aqui? Onde ela estava antes? Então ela não é permanente! Para onde ela vai? Como é a impermanência dessa pedra no passado e no futuro? Você não precisa enxergar só a impermanência no futuro, você pode enxergar a impermanência no passado. As coisas não eram assim antes. Se elas se tornaram assim, é porque houve mudança; se houve mudança, qual a razão para não haver, agora, mudança? Por que diabos essa pedra pararia agora de mudar? Se ela chegou até aqui, há alguma coisa indicando que o processo de mudança foi interrompido? Ela vai continuar mudando de alguma outra forma. Como é a impermanência dessa pedra?
Qual a impermanência dessa pessoa? Qual é a impermanência desse edifício? Qual é a impermanência dessa sociedade? Qual é a impermanência dessa opinião? Essa opinião veio a ser. Onde está a impermanência dessa opinião? Onde está impermanência dessa moda, desse ponto de vista? Na sociedade as pessoas pensam, atualmente, assim. Qual é a impermanência desse ponto de vista? Então você treina a mente a perceber a impermanência e isso vai alimentando a sua visão do Dhamma, vai alimentando o seu desencanto pelo mundo da impermanência e vai aumentando o seu apreço por aquilo que é mais estável, firme e sábio.
Então é isso.